(Foto: Lucas Merçon - FFC)

A polêmica votação que tem por intuito alterar o nome do Maracanã de estádio Mário Filho para Rei Pelé gera debates entre torcedores e especialistas, podendo, inclusive, virar caso de Justiça, segundo a historiadora e ex-presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Kátia Bogéa.

Ela lembrou que o estádio é um patrimônio nacional, que foi tombado por lei federal em dezembro de 2020. Por conta disso, em caso de alteração estadual, essa mudança pode ser questionada judicialmente, o que levaria a um novo imbróglio.

 
 
 

– O Maracanã é declarado patrimônio brasileiro no ano de 2000, foi tombado pelo Iphan, em um processo que demorou anos e com ampla discussão. A alteração do nome sem nenhuma consulta, sem que o órgão de Patrimônio que tombou sequer tenha sido consultado é algo que não conseguimos entender. Porque o Maracanã faz parte da história brasileira, ele é um marco histórico, e o nome dele é marco também. Então o nome faz parte do tombamento. Não pode ser modificado (o nome do Maracanã) por uma legislação estadual que não está acima de uma legislação federal. A fachada não pode ser alterada e o nome não pode ser modificado, porque o que foi tombado foi o Estádio Mário Filho, que é denominado Maracanã – disse ela.