Um expediente conhecido da última gestão, comandada por Pedro Abad, voltou à tona. O NETFLU apurou que o Fluminense antecipou o pagamento da venda do lateral-direito Gilberto, negociado com o Benfica (POR) em agosto do ano passado, para quitar parte dos salários do fim de 2020.
Ao antecipar, o Tricolor perdeu uma pequena porcentagem do total que teria direito, mas pode honrar algumas das promessas feitas para o elenco e funcionários, no que tange quitação de dívidas.
Desta maneira, a diretoria fechou 2020 em dia na CLT. Vale lembrar ainda que o Fluminense entrou em acordo e ganhou um novo prazo para fazer valer o combinado de redução salarial no início da pandemia, em abril do ano passado.
Na época, a diretoria se comprometeu a fechar o ano em dia sob uma cláusula de inadimplência que diz: se os compromissos assumidos não forem honrados até o fim de 2020, o Tricolor será obrigado a pagar a diferença que o elenco abriu mão em março (15%), maio (25%) e junho (25%).
É importante destacar que o lateral-direito Gilberto foi comercializado por 3 milhões de euros (R$ 18,7 milhões na cotação da época). O Tricolor tinha 50% dos direitos econômicos do jogador, então ficou com R$ 9,35 milhões.
O Fluminense adquiriu 50% dos direitos de Gilberto junto à Fiorentina, da Itália, em dezembro de 2019 por 80 mil euros (cerca de R$ 360 mil). Logo, o valor recebido seria 18 vezes maior (usando o comparativo em euros).
O portal GE divulgou, no último mês, o que falta para o Fluminense pagar aos atletas até março. Confira:
- 100% dos salários de dezembro de 2020
- 100% dos salários de janeiro de 2021 (a vencer)
- 100% dos salários de fevereiro de 2021 (a vencer)
- 20% dos salários de março de 2020 (adiados pelo acordo)
- 50% dos salários de abril de 2020 (adiados pelo acordo)
- 1/3 das férias tiradas em abril de 2020 (adiado pelo acordo)
Por fim, o Fluminense também deve o depósito do fundo de garantia e férias de 2019, além de alguns meses de direito de imagem para alguns atletas.