O Natal tem um sentido ainda mais especial para a memória de um dos principais nomes na história do Fluminense. No dia 25 de dezembro de 1984, em Cataguases, município de Minas Gerais, nascia o atleta, o escritor, historiador e um dos presidentes na memória do Flu, o Marcos Carneiro de Mendonça.
Com passagens por diversos clubes, o atleta começou sua caminhada no América em 1914, mas logo depois chegou ao Fluminense, clube que dedicaria grande parte de sua vida.
No clube de Laranjeiras, Marcos de Mendonça jogou 127 partidas, sofreu 164 gols e foi tricampeão carioca em 1917, 1918 e 1919. Goleiro titular até 1922, Marcos encerrou a sua carreira após sofrer uma grave lesão.
Após a despedida dos gramados, o atleta continuou conquistando mais taças pelo clube. Mas desta vez ocupando o cargo de dirigente do Flu. Foi bicampeão carioca em 1940 e 1941.
Na Presidência, Marcos de Mendonça teve um importante papel no clube na Segunda Guerra Mundial. O mesmo liderou uma campanha junto aos sócios e conseguiu arrecadar 155 mil cruzeiros para a compra de monomotor, modelo Fairchild PT-19, para ajudar a Força Expedicionária Brasileira (FEB) em seus treinamentos e participação nos combates.
Com essa ação, foi eternizada na sede do clube, em Laranjeiras, uma placa fortalecendo a luta do Tricolor por um mundo melhor na Segunda Guerra.
Além da vasta história no Tricolor, Marcos Carneiro de Mendonça, ou apenas Marcos de Mendonça, foi convocado para a seleção brasileira com apenas 19 anos de idade, onde permaneceu por nove anos, tendo conquistado a Copa Roca de 1914 e dos Sul-Americanos de 1919 e 1922.
Como historiador, publicou entre os mais diversos livros, como: O Intendente Câmara (1933), O Marquês de Pombal e o Brasil (1960), A Amazônia na era pombalina (1963), Erário Régio (1968), Raízes da formação administrativa do Brasil, séculos XVI – XVIII (1972), Aula do Comércio (1982), A Independência e a Missão Rio Maior (1984), Rio Guaporé, Primeira fronteira definitiva do Brasil (1986), Século XVIII Século Pombalino no Brasil (1988), pesquisas que desenvolveu em sua biblioteca, as últimas de 1982 a 1988, à frente de uma equipe patrocinada pela Xerox do Brasil, que tinha como coordenador o professor Elmer C. Corrêa Barbosa. Todas estas pesquisas resultaram em livros publicados com o selo da empresa patrocinadora e integram a coleção Biblioteca Reprográfica Xerox, todas as edições esgotadas.