A relação entre comissão técnica e jogadores de um elenco de futebol é a chave para uma equipe vencedora. No Fluminense, campeão brasileiro sub-17 na última segunda-feira, não é diferente. Em entrevista, o técnico Guilherme Torres contou como controlar as individualidades de uma geração talentosa como a do Tricolor.
– Minha relação com eles era antiga. Cheguei como coordenador e os acompanho há muitos anos. Vivenciaram muitas situações que estive presente. Meu acesso a eles é uma coisa natural. No momento de cobrar, tenho de cobrar. No momento de liderar, tenho de liderar. Presamos sempre por um ambiente de respeito. Com muitos talentos, e isso não é exclusivo para uma divisão de base, gerenciar os talentos para trabalhar em equipe e ter solidariedade, não ficar o holofote só em um em dois, isso é até um pouco mais difícil. O que estamos trabalhando em relação a eles é isso: trabalho em equipe, entendimento de que juntos somos mais fortes. Trabalhamos muito durante a pandemia sobre qual seria a identidade da equipe. Muitos colocavam sobre criatividade, espírito ofensivo. Eu procurei colocar o conceito coletivo de juntos sermos mais fortes. Sintetizar a ideia em campo sobre essa afirmação. Isso faz parte do meu papel como treinador. Fiquei feliz de ver que eles estão evoluindo de meninos para homens. Daqui a pouco podem ser requisitados no sub-20, ou profissional e estarem prontos para entender seus papeis num todo, num ambiente coletivo. Esse resultado mostra que isso está acontecendo – disse.
Para chegar ao título nacional, o Flu venceu as duas partidas contra o Athletico-PR, tanto a de ida quanto a de volta. No Rio, bateu o adversário por 2 a 1, no estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, e na volta venceu novamente pelo mesmo placar, na Arena da Baixada, em Curitiba.