Pouco utilizado desde que foi contratado pelo Fluminense, Lucca deu a sua primeira entrevista coletiva depois que foi aproveitado pelo técnico Odair Hellmann. Nela, o jogador comentou sobre o Tricolor, adaptação, carreira e amizades.
Veja:
Posicionamento
– Mais uma questão de readaptação. Vinha jogando numa posição diferente da que estou fazendo hoje. Estou procurando me readaptar. Joguei quase dois anos por dentro. Minha carreira foi praticamente toda jogando pelos lados. Não tenho preferência. Odair me chamou para conversar. Quero ajudar. Tem de readaptar. São situações diferentes. Estou me sentindo bem fisicamente. Onde ele precisar, estou à disposição.
Pronto física e tecnicamente.
– Me sinto bem fisicamente. Eu precisava de um tempo de readaptação. Lá o ritmo é totalmente diferente. Tive tempo, estou me sentindo bem e à disposição. Tem de respeitar. O time vinha de resultados positivos. Tem de respeitar o momento de todo mundo. Também é difícil para o treinador tirar um ou outro num momento positivo. Não faz bem isso pro grupo. Eu estou trabalhando para quando a oportunidade surgir. Estou podendo entrar, sentir os jogos. Estou me preparando o mais forte possível para corresponder.
Já conhece alguns jogadores que encontrou no Fluminense. O que isso ajuda em campo?
– Enturmar com o pessoal foi fácil. O pessoal me recebeu bem. O tempo que tive para trabalhar foi perfeito. Vim de um futebol diferente. Estou podendo sentir novamente a atmosfera do futebol brasileiro. Estou me sentindo muito bem fisicamente. Nos treinamentos estou procurando desempenhar o máximo para ir bem quando for para campo.
Fred
– O Fred é um cara que dispensa comentários. Ele está sempre conversando com todos, brincalhão com todos. A minha relação com ele é perfeita. Não tem um “a” para falar dele negativamente. Cara que faz o clima muito bom nos vestiário. Só coisas positivas para falar do Fred.
Primeira impressão do Odair
– Na verdade já trabalhei com ele, conheço o trabalho, temos uma relação boa. Criamos um laço de amizade já no Inter, foi fácil. Sei como ele gosta de jogar. A impressão que tenho com treinos muito intensos. Isso é bom, gosto desse tipo de treinamento. Todos têm relação boa com ele. O trabalho é perfeito e tem tudo para podermos fazer um bom Brasileiro.
Nino, Ferraz e Dodi, ex-Criciúma
– O Nino já conversamos, estamos sempre juntos. Mais um amigo que fiz no futebol. De vez em quando saímos para jantar com as famílias. Esposa dele, a minha e meus filhos. Cara gente boa, tranquilo. O Dodi e o Matheus Ferraz trabalhamos lá no Criciúma também. O Dodi sempre foi brincalhão, Matheus mais na dele. No futebol nunca tive problemas com ninguém e espero que aqui não tenha. Sempre faço grandes amigos e é bom ter relações boas com todo mundo. Mais uma vez estamos juntos, sempre com a relação boa e isso é maravilhoso. O futebol é dinâmico, às vezes um sai e outro fica, lá na frente reencontra e se dar bem com todos é muito bom.
O que chamou atenção no Fluminense?
– O que mais me chamou a atenção. Não a estrutura, porque o Fluminense é muito grande. O vestiário. Sempre animado, um brincando com o outro. É difícil isso acontecer. Já passei por vários clubes, acontece de não ter essa conexão, brincadeira. Aqui estão todos empenhados em fazer um bom trabalho, ter esse tipo de conversa. Não é fácil de acontecer, às vezes eu penso de uma forma, outro de outra e tem divergência. Aqui, todos se respeitam mesmo quando pensam diferente. Isso é uma coisa que contagia. A rapaziada está feliz e empenhada para todos trilharem o mesmo caminho, todos pensando num só objetivo. Penso que isso faz diferença.
Trabalho físico específico? Já aguanta os 90?
Lance contra o Grêmio veio um pouco atrás, tive de voltar e não consegui equilibrar o corpo. Não peguei firme na bola. Acontece. Poderia ter finalizado melhor.
Fisicamente os primeiros 20 dias foram praticamente dois períodos
– O pessoal pegou firme para me readaptar. Estou pronto. Se precisar cinco ou 90 minutos não interessa. Estou preparado.
Torcida um pouco desconfiada na chegada. Confiança em dar resposta?
– Estou me preparando para isso. Não fico sempre acompanhando rede social, mas tenho amigos que me mandaram quando aconteceu esse tipo de comentário. É coisa de torcedor. Falaram que recusei o Fluminense em 2016 ou 2017. Isso é inverídico. Você recusa quando acontece proposta oficial e isso não aconteceu. Houve especulações. Eu entendo o torcedor, eu pensaria da mesma forma. O torcedor acredita no que vê na internet. Só para esclarecer isso, não houve proposta oficial na época. Quando tiver oportunidade de começar a partida, espero corresponder. O pensamento tem de ser esse. Se não pensar assim, não tenho de estar aqui. Tenho de me dedicar ao máximo para corresponder e deixar todos felizes.