Foto: Lucas Merçon/FFC

Oi, pessoal.

Com 11 meses à frente do futebol do clube, Mário Bittencourt deu mostras do seu alinhamento administrativo com a Flusócio de Peter e Abad do que ao modelo vendido por ele como candidato.

Não chega a ser uma decepção já que o mandatário chegou aos holofotes do campo, alçado por Peter Siensem, como Vice-presidente de futebol.

Costela do grupo político que decapitou o futebol do clube, o que poderia ser um Mário mais experiente e comprometido em unir o “agradável” ao “útil”, vem sendo uma versão caótica dos seus antecessores.

Caótica? Pois é. Pela expectativa. Pelo tempo que vivemos a mesmice. E pior: pela conduta.

Mário faz o que nem Peter (mesmo sumido) nem Abad tiveram coragem: enfrentar a torcida.

O fato é que já vimos esse filme. Na luta por mercado, voltamos à estaca zero. A preocupação é sobreviver a ele.

Ausente nos momentos de crise, especialmente após a eliminação precoce e vexatória na Copa do Brasil, provou sua crença de que o Fluminense é seu feudo, um brinquedo na mão de uma criança malcriada e narcisista.

Um perigo. Uma bomba armada que exige da torcida todo um cuidado para desarmar, antes de explodir. Antes de explodir. A bola pune. E o punido é sempre o torcedor. 

É necessário não aliviar, não dispersar, educar a criança, desarmar a bomba, urgentemente.

Os cruzeirenses foram pegos de surpresa. Os tricolores não o serão. Não esperem a torre desabar nem lavem às mãos, pois serão atingidos.

Por isso, relembro: imagine a cena, a criança malcriada com a bomba armada, tic e tac: escolha a opção correta quem não está de mãos atadas. 

O restante reza. A bênção, João de Deus. 

ENQUANTO ISSO, EM CAMPO…

Odair Hellmman, reflexo do seu mandatário, tem feito tudo para nos tirar a vaga da Libertadores de tão ruim que é.

Os outros andam piores ou com jogos a menos mas, se mexendo, para consertar os erros – seja mudando técnicos, seja mexendo no elenco. Todos, até o lanterna Goiás, buscando espetar, atacar o adversário.

“Odair-ball” não é assim. E não adianta combinarem um discurso para inglês ver. “Não sou retranqueiro”, dispara o técnico.

Se ele não sabe que escalar Hudson, Dodi e Yago Felipe proporciona ser encurralado, pela característica, quando o oponente sai para o jogo – seja o Bahia, Ceará, Atlético-GO, seja o “Bonsucesso do Chile”, mais conhecido como Unión la Calera – volte para o módulo I do Curso de Técnico da CBF e suma do meu time de coração!

Importante lembrar: na Sula, Odair deixou em campo, se arrastando Hudson e Henrique. E, precisando vencer, sacou do time Matheus Alessandro e Miguel para entrar com Evanilson e Marcos Paulo. O 3° volante era Yago. É só soco na nossa cara.

Meio-campo “dos sonhos” de “HELLmman” em que, na sua 2° horrenda linha de 4 fixa e manjada, Hudson e Dodi, centralizados, atuam na faixa da criação, de quem pensa, de quem vê todo o campo e decide pela jogada, não temos meio, só agredimos na correria enquanto há pernas.

Jogadores de futebol, para ele, são maratonistas. Seu esquema espaça o time. O jogador, reparem, precisa correr muito mais, dar mais explosão e intensidade para chegar na bola, na disputa. Pensa que essas lesões são obra do acaso ou incompetência dos preparadores? Claro que não.

Não se vê um naipe de absurdos, impunemente. E, infantilmente, senta-se sobre resultados contra times em momentos horripilantes ou sob atuações pífias.

Comemora-se até empate. Cita-se que esse técnico medonho deu “nó tático” em Sampaoli. Olha, podem haver ingênuos e “Zés e Marias migalhas” na torcida, mas cegos e otários, não.

O circo anda sem graça. Queremos ver futebol. Queremos ver um Fluminense organizado, encaixado, aguerrido, sem temer nem os Globetroters. Essa é nossa essência histórica.

Odair Hellmman não está tirando “leite de pedra”; está tirando nossa chance de entrar na briga, definitivamente, por vaga mais fácil de ser conquistada na Libertadores por ser este um Brasileirão atípico.

A esperança é que a personalidade vencedora de Fred nos faça ver o time povoando mais o ataque, criando, produzindo lances de linha de fundo.

O time de Odair é um vazio de futebol. Tão sonolento quanto pequeno como revoltante. Odair detesta futebol. Ele não é reativo, nem “taticamente eclético”. Ele é de outro esporte atlético.

Continuamos sem produzir minimamente. Dois, três lances, se isso. Infantilmente, um negligente Mário preside isso tudo… Já vi esse filme, por isso, minha preocupação.

O atual mandatário não chega a ser uma decepção mas não esperava que ele fosse repetir o projeto da Flusócio: o apequenamento do Fluminense. 

O projeto figurante bem vestido anda bem com a Umbro. É só. E só.

Orando.

Toques rápidos

– Domingo, 16h, Maraca: Santos e a importância de jogar futebol por 90 minutos e, não, por 1 gol.

– Entregar 2 pontos no empate quase derrota para o “potente” desfalcado Ceará tem a ver com escolha: “Odair-ball” prefere Igor Julião, Digão, Hudson, Caio Paulista a Calegari, Luccas Claro, Ganso/Miguel, Marcos Paulo, Lucca… a bola não aguenta, meus amigos.

– Então, é Nenê quem marca o zagueiro adversário no escanteio? Não é possível ver mais isso. É um escárnio.

– Os jogadores são ruins? Que tal: Luis Ricardo, Gilson, Bruno Silva, Airton, Sassá, Ribamar com Jair Ventura de técnico? Botafogo de 2016. Ficou em 5°. Foi para à Libertadores.

– Os jogadores do Fluminense são ruins? Que tal: Rodrigo, Paulão, Henrique, Wagner, Pikachu, Andrés Ríos e Zé Ricardo de técnico? Vasco 2017. Foi para à Libertadores.

– Ou Odair muda ou muda-se o Odair. Até para ser um “figurante bem vestido” é necessário certo estilo, seu Mário.