(Foto: Reprodução YouTube)

Não é de hoje que a base do Fluminense é considerada uma das melhores do país. Líder do Brasileirão Sub-20, a equipe tricolor apresenta diversos talentos, apesar de, ainda assim, ter muitos “desfalques” já sendo utilizados entre os profissionais. Em cima disto, o jornalista Ricardo Gonzalez, do Sportv, fez um post no GE destacando a geração tricolor.

Confira na íntegra:

 
 
 

Comentei nesta quarta-feira para o Sportv o duelo entre Grêmio e Fluminense, pela quinta rodada do Brasileirão sub-20. Mesmo fora de casa, o tricolor carioca chegou à quinta vitória e à liderança provisória do campeonato. Melhor do que isso: vai se consolidando mais uma geração brilhante formada em Xerém. Começando pelo paredão Pedro Rangel, com inúmeras grandes defesas, Wallace articulando, e Samuel e John Kennedy na frente. O Grêmio não jogou mal, mas lamenta os tantos gols perdidos que o deixam na 12ª colocação.

Era o duelo de dois clubes que tem brilhado na formação de talentos. O Grêmio forma e negocia, casos de Cebolinha, Pepê e Diego Rosa. O Fluminense tem tantos que 9 já no elenco profissional teriam idade para disputar o Brasileirão sub-20: Calegari, Guilherme, Luan Freitas, André, Denílson, Martinelli, Miguel, Luiz Henrique e Marcos Paulo. Falta darem o salto que Palmeiras e Flamengo já deram: formar craques, fazer dinheiro e conquistar títulos na categoria.

Nesta quarta, o Fluminense manteve a proposta que marca sua base: jogar bem, jogar bonito, atacar, buscar a vitória em casa o fora. Contra um Grêmio que joga com posse, o Flu foi mortal em contra-ataques. No primeiro, John Kennedy mandou por cima. Mas aos 15 minutos, Wallace puxou na corrida, deu a Samuel, que esticou a Kennedy. O arisco atacante cortou Luis Fernando para dentro e bateu: 1 a 0 Flu.

O Grêmio continuava tentando atacar, mas só conseguiu pelos lados. A partir dos 30 minutos, contudo, Bitello, Gonçalves e Vitor Bernardo conseguindo trabalhar entre a última linha da zaga e o volante Emanuel. E as chances começaram a surgir. Numa delas, foram quatro chutes seguidos. Dois foram espalmados pela muralha Pedro Rangel e outros dois rebatidos por Marcos Pedro e Jhonny – mas o goleiro estava no lance. Em outra, Léo Fenga encobriu o goleiro, mas um “montinho-zagueiro” desviou a bola para fora.

Quando o 1 a 0 começava a ficar injusto, novo contra-ataque em alta velocidade e poucos toques. Na entrada da área, Samuel de novo rolou a Cauã, que mandou o sapato de esquerda: 2 a 0 Fluminense. Mortal.

O Grêmio voltou com alterações e ainda mais ofensivo. Nos primeiros 15 minutos, empurrou o Flu para as cordas defensivas. Mas esbarrou novamente em Pedro Rangel. O goleiro mostrou-se ainda um legítimo herdeiro da “leiteria” de Carlos Castilho quando Wesley entrou pela esquerda e tocou no canto. A bola passou pelo goleiro mas tocou na trave esquerda e foi sair no lado direito pela linha de fundo.

Normalmente no futebol brasileiro, quando um time vence por 2 a 0 e é pressionado na segunda etapa, o que faz o treinador? Recua, coloca uma linha de 5 na frente da área e faz o tempo passar. O que faz o Fluminense? Reage, põe a bola no chão e volta a atacar. E aí parou de correr riscos. Ainda quase fez o terceiro, que seria de placa – uma belíssima bicicleta de John Kennedy, que Adriel mandou a escanteio.

O Fluminense poderia reforçar esse time com 9 “profissionais”. Teve o goleiro Marcelo vendido ao Liverpool. Tinha 2 contundidos. Tinha 4 com Covid-19. Tem um elenco inteiro para o Brasileiro de Aspirantes – apenas Samuel foi cedido para reforçar o time contra o Grêmio. Apesar de tudo isso, as Laranjeiras mandam ao campo uma nova safra, uma nova colheita de grandes talentos. É impressionante“.