(Foto: Lucas Merçon - FFC)

O Fluminense está em sexto lugar no Campeonato Brasileiro e almeja, claro, seguir brigando ponto a ponto por uma vaga na Libertadores do ano que vem. Mas o futebol apresentado pelo time tem sido alvo de críticas por parte da torcida em alguns momentos, mesmo em vitórias. E a que se atribui isso? Na visão de Fred, capitão tricolor, muitos questionamentos são válidos. Outros ele considera injustos. O atacante chama a responsabilidade para a equipe e revela que em várias situações os próprios atletas, pelo feeling em campo, fazem algo de diferente do recomendado pelo técnico Odair Hellmann.

Em contrapartida, o centroavante destaca também a importância do grupo mostrar aos torcedores vontade acima de tudo. Assim, conquistarão o apoio dos tricolores.

 
 
 

– As críticas que recebemos tem algumas bem justas, outras não tão justas. Tem muita coisa que a vitória mascara e tem coisas que a derrota aumenta alguma coisa e traz uma onda ruim que não é. Quem está fazendo futebol cair nessa onda, se a comissão técnica olhar e pensar que não tem peça, se nós olharmos para a comissão e dizermos que o esquema não dá certo, vai todo mundo pra um buraco. Aqui temos uma ideia. Estamos com essa ideia de ser time competitivo, que se entrega, procura ter posse de bola, jogar. Odair pede isso. Para não recuarmos. A crítica tem caído nele e é nossa postura. Ele passa algumas coisas para a gente que nós mudamos em campo. Por exemplo. Se ele pedir para marcar alto e o adversário sai jogando causando problemas, podemos conversar e falar: “Não, vamos pegar aqui embaixo”. É muita responsabilidade nossa. A gente tem de entender qual é a situação – disse, complementando

– Perdemos nesses três jogos 14 jogadores por causa de Covid. Entraram Christian, Daniel, Caio. Foram bem. Todo mundo. Se pega essa visão e coloca daqui de dentro olhando um pro outro. Vamos todos juntos. E graças a Deus deu certo. Temos de confiar. Sabemos que precisamos melhorar muita coisa. Não é fácil. Perdemos o Evanilson que pra mim era o atacante de mais qualidade do futebol brasileiro. Jogava de um jeito, com força, velocidade. Aí entro eu de centroavante. Muda muita coisa e o treinador passa por esse processo. Não é culpa de ninguém, não tinha como segurar o moleque. Vamos nessa batida, firmes. A única coisa que converso com os jogadores é que se mostrarmos para a nossa torcida, que mesmo se não estivemos jogando bem tecnicamente, que não estamos criando que estamos dando a vida em campo, eles vão ter paciência com a gente, não vão cornetar. Vão sentir que estamos com a alma ali e acho que esse é o caminho.