(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Depois da vitória do Fluminense por 4 a 2 sobre o Goiás, quarta-feira, no Hailé Pinheiro, Odair Hellmann fez questão de ressaltar que não manda o time recuar quando está vencendo. Também destacou a mentalidade da equipe de jogo, sem ser defensivo. O técnico afirmou não ter mudado nada em termos de conceito e postura para a mais recente partida tricolor.

– Essa é mais uma discussão que se fala que o time recua. Vejo 200 jogos por semana, todas as equipes quando o adversário está com a bola se compactando, defendendo. Algumas tentando pressionar mais alto, como o Atlético-MG, por características de seus jogadores que ajudam nesse processo de ser mais intenso sem a bola, criar essa dificuldade de uma construção inicial do adversário. Mas vejo times europeus também, quando sem a bola, defender baixo, compactar atrás da linha da bola. Aqui não tem comando de recuo, jogadores não querem recuar, só que a gente joga contra adversários, e em alguns momentos do jogo você erra na marcação – disse, seguindo:

 
 
 

– Como por exemplo no primeiro gol hoje (quarta). A bola era toda nossa, e uma tentativa de ataque desencadeou uma situação que desequilibrou, fomos errando e tomamos o gol. Isso tem que ficar muito claro, não há comando nenhum de recuo. Se recua, é porque o adversário conseguiu se impor em relação à nossa estratégia. Ou porque não temos características para manter a todo tempo uma intensidade mais forte no setor do adversário. Mas nosso conceito é um só, a marcação pressão sobre a bola, subir bloco quando adversário estiver com construção lenta.

Odair foi além e recordou o empate de 1 a 1 com o Botafogo, na 13ª rodada. Na visão do técnico, depois de um bom primeiro tempo do Fluminense, o adversário saiu em busca do empate e conseguiu a tal imposição.

– Contra o Botafogo fizemos um bom primeiro tempo, no segundo eles conseguiram agredir mais. Mas não porque eu mandei, porque treino isso. Às vezes você enfrenta um adversário que se impõe, é melhor do que você. Às vezes você joga mal, acontece. Então não é uma simplificação de recuar. Nenhum momento creio nisso ou jogadores pedem. Se há situação de acontecer sucessivamente, a gente precisa estar atento a isso e buscar situações como fizemos hoje. São nuances que o futebol te exige, te mostra, em nenhum momento aqui se trabalha para recuar. Essas teses ficam sendo criadas, faladas pelo torcedor, eu fico só olhando e pensando o quanto isso é discutido no futebol. Respeito o contraditório, estou tranquilo ao que peço aos jogadores e o que eles executam – falou.