O Fluminense não deu moleza para o Flamengo na final do Campeonato Carioca, apesar da disparidade técnica entre as equipes e, ainda, do tempo de preparação que cada uma teve. Entretanto, no fim, os Rubro-Negros se sagraram campeões estaduais. O portal Globo Esporte, em cima disto, sinalizou quais foram os sete pecados capitais dos comandados de Odair Hellmann, na final da competição.
1) O bote errado de Gilberto
O otimismo tricolor após ganhar a Taça Rio começou a ruir aos 27 minutos do primeiro tempo do jogo de ida, quando o Flamengo superou a forte marcação do Fluminense com toques de primeira e abriu o placar. Mas Pedro só ficou livre porque Gilberto saiu de sua posição para tentar um bote em Arrascaeta.
2) Pacheco de “falso 9”
12º jogador do Fluminense, o peruano Fernando Pacheco entrou no lugar de Evanilson aos 23 minutos do segundo tempo, quando o Fluminense já tinha empatado, estava melhor na partida e pressionava atrás da virada. Mas ele entrou como centroavante, enquanto Marcos Paulo continuou na ponta-esquerda. Acabou ficando isolado e poderia ter ajudado mais pelos lados com sua velocidade.
3) A não-falta de Egídio
O Fluminense chegou a colocar o Flamengo nas cordas, mas em vez de marcar mais um gol acabou sofrendo outro aos 28 minutos da etapa final, em contra-ataque que só existiu porque Gabigol passou fácil por Egídio antes de cruzar para Michael. O lateral-esquerdo estava inteiro no lance e deu bote errado, quando poderia ter feito a falta técnica para matar a jogada, como o rival sabe fazer. Por estar na lateral do campo, teria levado no máximo amarelo.
4) A chance de ouro com Marcos Paulo
As chances que teve com Yago no jogo de ida foram salvas por Diego Alves. Já a de Marcos Paulo na partida de volta foi desperdiçada por um erro técnico. A joia tricolor teve a melhor chance do Fluminense aos 37 minutos do primeiro tempo, após jogadaça de Evanilson. A bola veio na perna boa, a direita, à feição para bater de primeira. Mas ele quis dominar, a marcação chegou e ele chutou fraquinho de canhota.
5) A opção por Ganso e Nenê juntos
O tema já é debatido desde o ano passado, mas Odair resolveu colocar Ganso na partida de volta aos 27 minutos do segundo tempo. O camisa 10 ainda não conseguiu ter destaque na temporada, vinha de uma lombalgia e mal tocou na bola. Enquanto o titular, que tinha feito bom primeiro tempo, nitidamente estava exausto na etapa final e ficou para as bolas paradas que sequer apareceram no fim. Com isso, o time ficou sem o meio de campo e não criou mais nada.
6) A volta de Felippe Cardoso
Um dos reforços para a temporada, o centroavante fez só um gol pelo Fluminense e estava encostado desde antes da pandemia. Sequer vinha sendo relacionado para as partidas após a volta do campeonato, mas ganhou uma nova oportunidade justamente na segunda partida da decisão e entrou aos 39 minutos da etapa final. Sem jogar desde fevereiro, faltou, além de tempo, entrosamento, ritmo…
7) O garçom preterido
As substituições de Odair foram alvo de críticas. É fato que o técnico, que já havia perdido Wellington Silva por Covid-19, não tinha muitas opções. Mas antes de continuar apostando em jogadores que ainda não mostraram serviço, como Caio Paulista e Michel Araújo, tinha uma opção que já foi destaque no início do Carioca. Miguel, que é o garçom do time em 2020 com quatro assistências, entrou aos 43 minutos do segundo tempo do jogo de ida e nem saiu do banco no da volta.