As diretoria de Fluminense e Botafogo cogitaram não disputar o jogo do último domingo, no Engenhão. O colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, conta que o W.O era o desejo dos dois clubes, mas resolvera voltar atrás. Qual a razão?
A ideia do presidente tricolor, Mário Bittencourt, e do alvinegro, Nelson Muffarej, era que os jogadores entrassem em campo, dariam as mãos e voltariam para os vestiários. Desistiram por causa da decisão judicial que obrigou a TV Globo a transmitir o confronto. Para não ferir os contratos que Fluminense e Botafogo haviam assinado, Bittencourt e Mufarrej recuaram do protesto que ficou circunscrito ao manifesto que os clubes lançaram anteontem.
Nelson Mufarrej e Mario Bittencourt, presidentes do Botafogo e do Fluminense, já haviam acertado como seria o protesto que os times fariam contra a volta do Campeonato Carioca determinada pela Ferj em plena pandemia: os jogadores entrariam em campo no Engenhão, dariam-se as mãos e voltariam para os respectivos vestiários.
Mas os planos tiveram que ser alterados quando, por causa de uma decisão judicial, foi anunciado que o jogo seria exibido pela TV. Veja um trecho do protesto original:
“Honrados em mantermos nossa posição e nossos princípios é que protestamos contra o que se está vendo do atual cenário do futebol do Rio de Janeiro. Uma cena triste cujo pano de fundo é este momento tão difícil da história nacional, quando vidas estão sendo ceifadas não apenas pela pandemia, mas também a golpes de insensatez e de falta de empatia. O que todos estão assistindo em primeiro plano nesse show de horrores é o espetáculo de desmandos e desrespeito com que os clubes e seus torcedores vêm sendo tratados.”