Cria de xerém e hoje auxiliar técnico da equipe feminina do Fluminense, Isaías Rodrigues, conversou com a InfoFutFem sobre carreira de atleta na base do clube, os títulos com a camisa tricolor e o trabalho realizado no futebol feminino. Antes da parada por conta da pandemia, o Fluminense realizou um jogo pelo brasileiro da série A2. Venceu o Toledo-PR por quatro a dois, ficando na segunda colocação do grupo F, com três pontos.
1- Como é, para você, já ter sido um atleta da base do clube e hoje estar na comissão do time feminino?
Isaías: Me sinto muito feliz e realizado em poder retornar ao clube, mesmo em função diferente. Sou muito grato ao Fluminense por tudo que me proporcionou e me sinto muito honrado em fazer parte da comissão técnica do futebol feminino.
2- Foram quantos anos na base do Fluminense e, nesse período, quantos títulos?
Isaías: Foram 5 anos, onde o Fluminense me deu a oportunidade de me tornar um atleta profissional. Ao todo, foram 6 títulos, sendo dois internacionais.
3- Por que você decidiu parar e por que decidiu aceitar a proposta de estar no Feminino? O que te chamou atenção no projeto do Fluminense?
Isaías: Estava passando por um processo difícil na carreira, muitas lesões e não conseguia ter uma estabilidade. Já estava trabalhando em uma escola de futebol, onde resolvi buscar capacitação. Fiz um curso de treinadores de futebol e conheci a Thaissan Passos, idealizadora do projeto Daminhas da Bola, com quem ingressei no futebol feminino e, depois, no Fluminense.
4- Em 2007, base, você ganhou, juntamente com todo o time do Fluminense, um título internacional em cima do Manchester United. Quais as recordações que você tem daquele jogo?
Isaías: Foi uma experiência fantástica, jogamos contra os melhores times do mundo e no final, estávamos de frente contra o todo poderoso Manchester United. Lembro-me do gol da virada, não sabíamos como comemorar, sem acreditar que estávamos sendo campeões em cima de um dos maiores clubes do mundo. Até hoje guardo recortes de jornais e fotos dessa viagem.
5- A partir das experiências na base do Flu, o que você acha que dá para implementar no Feminino também?
Isaías: Tento passar para elas as experiências que tive. Também sempre estar incentivando elas a serem atletas de futebol e nunca deixarem de sonhar e acreditar que é possível chegarem ao mais alto nível no futebol feminino.
6- O que esperar para 2020 e os próximos anos, do time feminino tricolor?
Isaías: Infelizmente, por causa da pandemia, o campeonato foi interrompido, mas estamos trabalhando de casa e nos preparando para quando tudo isso passar, voltarmos mais fortes para buscar nossos objetivos. Para os anos seguintes, é ter o Fluminense cada vez mais forte dentro da modalidade e ser referência no Brasil.