Rogerinho viveu conquista memorável no Fluminense, mas também passou por momentos difíceis

Em sua passagem pelo Fluminense, Rogerinho fez parte de uma da conquista para lá de marcante, a do Carioca de 1995. Porém, logo depois, no Campeonato Brasileiro, viveu uma grande decepção. A queda na semifinal diante do Santos. E pior: o Tricolor havia vencido a ida por 4 a 1 no Maracanã e perdeu a volta, no Pacaembu, por 5 a 2 (por ter uma campanha melhor na fase de classificação, o Peixe tinha a vantagem de atuar por uma soma igual de resultados). Ao NETFLU, ele avalia o que deu errado naquela fatídica partida.

— Nós não temos resposta para explicar o inexplicável. A gente não sabe até hoje o que aconteceu. Eu, Ailton, Wellerson, Leonardo… a gente tem um grupo no Whatsapp, nos reunimos de vez em quando e falamos de tudo, incluindo essa semifinal contra o Santos. Depois de ter feito um jogo no Maracanã incrível, a equipe parece ter saído do foco, deu a impressão de que, depois do 4 a 1, poderia ter sido diferente. Mas eu vi a reprise recentemente, as coisas aconteceram para o Santos, o futebol é assim – contou.

 
 
 

Na decisão, o Santos acabou sendo superado pelo Botafogo, que também contava com grandes nomes como Túlio, Donizete, Sergio Manoel, Beto, Gottardo, Gonçalves, entre outros. Mas se a final fosse contra o Fluminense, que tinha a base do título carioca com algumas peças diferentes?

— Passamos pelo Santos no Maracanã, imagine se a gente vencesse lá. Chegaríamos motivadíssimos contra o Botafogo. Queria muito fazer um gol na final, pena que deu tudo certo para o Santos e a gente só tem a lamentar – esquiva-se Rogerinho.

Em 1996, a campanha no Brasileiro foi ainda pior. Na ocasião, o Fluminense foi rebaixado (não jogou a Série B porque o rebaixamento foi cancelado em virtude do escândalo da arbitragem – caso Ivens Mendes). Rogerinho fala sobre as dificulddades vividas naquela época.

— A gestão tem que ser boa. Mesmo com os salários atrasados, ela precisa ter uma postura, ser coerente. Pelo menos, precisa ser humana. Aconteceram tantas coisas nos anos seguintes, afastamento de jogadores, inclusive eu. Falaram, na direção que o meu salário estava alto, que eu tinha que diminuir, senão me afastaria. Isso é desumano, não tem nada a ver com questão de trabalho, porque eu nunca deixei de trabalhar, de me esforçar no que eu mais gostava. Porém, a gestão que entrou na época atrapalhou muito. Não só eu tive esse problema, mas o Leonardo, o Ronald. Daí, aconteceu tudo isso, o time não foi bem, caiu, teve aquela situação que chamaram que virada mesa, mas que sabemos o que foi que aconteceu de verdade – relata.