Firme. Assim está Mário Bittencourt em relação ao seu posicionamento a respeito da volta do Campeonato Carioca em meio à pandemia do novo coronavírus. O presidente do Fluminense destacou o momento completamente inoportuno para se reiniciar a competição e, além de tudo, aponta uma pressão externa como determinante para a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) apressar o recomeço.
– Algo que nos incomoda muito é que o retorno do futebol no Rio não foi espontâneo, veio a pedidos, e em momento onde o número de casos e mortes vinha numa crescente. O Fluminense entende que essa liberação veio através de uma pressão pelo retorno. Em nenhum lugar do mundo, os treinos ou futebol retornaram antes 40 dias após o pico. Nós aqui fomos buscar o retorno do futebol no meio do caos. Então o motivo pelo qual o Fluminense manteve firme sua posição, e se mantém, continua sendo contra, se deu muito em razão de entender que não há segurança para um retorno agora. Sinceramente, não imaginávamos que fosse ser marcada competição agora, porque a gente olha pra todos os estados: em São Paulo se fala em retorno em julho, no Sul, que tem dez vezes menos mortes, se fala em retorno em julho ou agosto. Por que no Rio tem que ser diferente? – questiona.