O Fluminense avalia ir até as últimas consequências para impedir o retorno do futebol carioca neste momento, em meio à pandemia do coronavírus. Com o estado enfrentando o pico da doença, o presidente Mário Bittencourt acredita não ser a hora de se pensar em retornar as atividades, e explicou em entrevista ao programa “Globo Esportivo”, da Rádio Globo, seu ponto de vista.
– Nosso posicionamento é todo embasado na ciência. Tenho um infectologista que contratamos e que vem fazendo relatórios para nós. Nosso grupo segue trabalhando em home office. Primeiro, a gente precisa saber quando o campeonato vai voltar, mas podemos buscar medidas administrativas e avaliar sanções para tentar manter nossa posição de voltar só quando houver condição. É inadmissível que no Rio Grande do Sul, que tem 10 vezes menos mortes que nós, estejam pensando em voltar na segunda quinzena de julho, e o Rio, que tem cada vez mais óbitos, esteja discutindo voltar em 10 dias. Não consigo compreender. A CBF garantiu que os estaduais poderiam ser concluídos antes do início do Brasileirão. Em São Paulo, nem se fala em retorno do Estadual. Por que o Carioca tem que recomeçar em 15 de junho? Por que não esperar nossa taxa diminuir? Eu vejo o futebol como exemplo da sociedade. E, nesse momento, o exemplo que podemos dar é nos resguardar. Porque a partir do momento que a gente voltar, vamos passar a mensagem de que está tudo liberado. As pessoas vão se reunir em bares, fazer churrasco para ver os jogos. Vamos dar uma ideia errada. Por isso, a posição do Flu é essa: de preservação, e vamos lutar bravamente, dentro da legalidade, para manter a quarentena – disse.