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Com as competições e treinamentos interrompidas há mais de dois meses por conta da pandemia do novo coronavírus, as discussões entre clubes e federações vêm acontecendo no sentido de se planejar quando será possível um retorno. No caso do Fluminense, a postura tem sido bem firme de aguardar a liberação das autoridades governamentais e sanitárias, sem apressar a volta. Posição essa defendida por Nino. O zagueiro tricolor elogia a diretoria e confessa o receio para recomeçar os trabalhos por enquanto.

– Nesse momento, não me sinto totalmente seguro, até pensando na minha família e dos demais funcionários envolvidos. Não tenho como falar em nome de todo elenco, mas sei que outros jogadores pensam de forma parecida. O grupo tem uma relação muito boa entre si e também com a diretoria. A gente confia nas decisões da direção, no presidente. Temos uma relação bem transparente. Particularmente, estou de acordo com os posicionamentos que vem sendo tomados – garantiu.

 
 
 

Ainda sore a pandemia, Nino se mostra chateado pelo crescente aumento de casos e perdas em virtude da doença. Para o zagueiro tricolor, seria importante um entendimento entre o poder público, em vez de remar cada um para um lado.

– É uma situação muito complexa, é uma coisa nova para a nossa geração. A gente não sabia como agir quando a pandemia se desenvolveu e entendo que o poder público sofreu com isso também. A prioridade tem de ser preservar vidas e essa falta de consenso entre os poderes não ajuda nisso. É muito triste observar tantas vidas sendo perdidas – opina.

Já especificamente sobre o futebol, Nino vê cada clube com um pensamento e necessidade. Logo, defende que cada agremiação faça o seu planejamento.

– Penso que a tentativa de um movimento mais amplo causaria ainda mais atrito, com muitas opiniões divergentes. Não acredito que seria produtivo. Cada clube tem uma realidade diferente. Entendo que as conversas e discussões devam ser internas, com os representantes dos clubes agindo de acordo com o que for definido – destacou.