(Foto: Flickr - FFC)

A pandemia do novo coronavírus interrompeu planos em todas as esferas. No Fluminense não é diferente. Presidente do Conselho Deliberativo Tricolor, Braz Masullo, concedeu entrevista exclusiva ao NETFLU e falou sobre a situação envolvendo o órgão, com pautas importantes a serem tratadas, mas com as conversas paradas em virtude do distanciamento social. Confira a íntegra:

Houve alguma definição sobre tentar fazer alguma coisa online, por conta das reuniões que estão em aberto, sobretudo a do orçamento?

 
 
 

– Isso é praticamente impossível, porque muitos conselheiros durante o dia. Juntar todas num dia só é impraticável, mas talvez juntar duas reuniões seja possível. Ainda não há uma posição para passar, mas estamos discutindo possibilidades com a mesa diretora do conselho. Eu acredito que até o dia 10 de maio não teremos novidade nenhuma.

Daria pra fazer uma super reunião, durante todo o dia, para tentar colocar todos os assuntos em pauta de uma vez, quando as atividades retornarem?

– Está tudo parado. Para poder fazer uma reunião online fica difícil, porque são 200 conselheiros e tem uma média de comparecimento de 150 a 180 por reunião. Então, ficou muito difícil fazer isso, até tecnicamente. Até porque os que não pudessem participar poderiam anular as decisões tomadas. Nós estamos aguardando a flexibilização desse isolamento, para ver quais providências tomaremos. Mas não tem nada que nos anime a fazer reunião, ainda mais porque no conselho a maioria é grupo de risco. Ficaram três reuniões pendentes e ainda tinham outras reuniões para acontecer, mas temos de aguardar.

Mas não daria para fazer no fim de semana para poder suprir esse hiato?

– Isso pode ser possível, até porque já foi feito uma reunião num sábado, se não me falha a memória. Mas tem que definir em conjunto com a mesa. A gente vai reunir todo esse pessoal, mas temos que analisar com calma, até para manter distância de segurança. Sigo conversando com a mesa diretora, mas não temos nenhuma decisão.

E como fica a votação do orçamento? A documentação enviada pode ser modificada por números atuais? Como seria feito isso?

– Essa documentação tem que ser enviada pelos conselheiros, estatutariamente falando. E foi o que a gente fez. Mas se passaram quatro meses com resultados obtidos. Então a gente possivelmente vai ter que alterar esse sistema de votação e vai ser discutido com o conselho diretor. A documentação que foi enviada foi com dados até fevereiro, então, talvez, a gente tenha que reformular essa convocação. Estamos tentando uma solução mais pra frente, mas primeiro a gente tem que saber se vai liberar mesmo uma reunião para 170 pessoas num espaço relativamente pequeno, que é como a gente faz lá. Por enquanto, estamos só conversando.

O orçamento tem um prazo para ser entregue, mas a quarentena atrasou ainda mais isso. Explica essa situação.

– Ele não foi entregue em dezembro, como deveria ter acontecido. Mas foi entregue e não fizemos a votação por conta da pandemia. Vamos ter que tomar uma decisão em conjunto para ver o que de melhor podemos fazer, mas a situação está muito complicada porque cada hora a gente escuta falar uma coisa diferente. Não podemos ser irresponsável em levar todo mundo para lá, temos de aguardar orientações, porque não envolve só o Fluminense.

Você tem conversado com o presidente do Fluminense, visando algumas mudanças para a realização , em segurança, das reuniões do conselho?

– Eu tenho conversado com o Mário sim. Essas alternativas, na verdade, tem que partir do conselho e estamos conversando sim com o presidente, para ver a melhor forma de se implementar isso.

Qual seria a sua previsão mais otimista para voltar à normalidade do Conselho?

– A gente está conversando, estamos em contato com o Mário. Está todo mundo preocupado. O clube está numa situação complicada. As coisas estão acontecendo no mundo todo. O Campeonato Francês foi cancelado, por exemplo. O negócio está muito nebuloso, vamos aguardar.