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Por intermédio de carta, a Rede Globo informou aos clubes que pretende reduzir bem os valores pagos aos clubes nos meses de abril, maio e junho referentes aos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Os presidentes das agremiações se reunião, na tarde desta segunda-feira, por meio de videoconferência para debater o assunto. Mas, em princípio, tal informação não os agradou e até assustou.

A Globo paga cotas mensais aos clubes. No total, o montante é de aproximadamente R$ 440 milhões. O motivo para o corte é a pandemia do novo coronavírus.

 
 
 

Por parte da emissora, a proposta é que entre abril e junho os clubes recebam mensalmente R$ 396.768,75. A partir de julho, o valor sobe para R$ 1.124.178,13, o que totalizará ao final desses nove meses R$ 7.935.375,00. O pagamento é programado a ser feito no último dia do mês. A Globo deu prazo até 28 de abril, esta terça, para que os clubes respondam.

– Foi apresentada de fato uma proposta para reprogramar pagamentos diante das circunstâncias atuais, que envolvem paralisação do calendário nacional e consequentes desafios impostos por isso. Os clubes estão debatendo e avaliando, o que é natural – disse Fernando Manuel Pinto, diretor de direitos esportivos da Globo.

Os meses de janeiro, fevereiro e março foram pagos integralmente pela Globo. As cotas superam R$ 2 milhões mensais, pois o fluxo combinado inicialmente prevê parcelas maiores no primeiro semestre. Todos os clubes recebem R$ 22 milhões anuais fixos pelo direito de transmissão, mas tal valor deve cair em 40%.

No documento mandado aos clubes, a emissora diz que “ainda não é possível dimensionar a extensão dos danos já provocados ou calcular todas as consequências futuras da crise deflagrada pela pandemia. Diante desse cenário, o momento requer união e esforço de todos, para que, de forma colaborativa, possamos enfrentar os desafios que essa crise sem precedente coloca diante de nós”.

Por enquanto, a Globo afirma ser uma reprogramação dos pagamentos e os valores previstos para pay-per-view seguem como previstos em contratos. Na TV fechada, a empresa paga anualmente cerca de R$ 1,1 bilhão aos 20 da Série A. A divisão é feita de tal forma: 40% fixo, em cotas mensais (o valor que está diminuindo agora), 30% por número de jogos transmitidos e 30% por colocação final do campeonato. Estas duas últimas, portanto, dependem da realização da competição para serem pagas.