No futebol moderno, além de agarrar bem, os goleiros têm precisado aprender minimamente a sair jogando com os pés. Dois ex-jogadores que fizeram história no Fluminense nesta posição, Paulo Vitor e Ricardo Berna, opinaram a respeito do assunto. Campeão brasileiro de 1984, Paulo Vitor não gosta muito.
– Eu sou contra o goleiro sair jogando com os pés. Se ele fosse habilidoso, não seria goleiro. Na nossa época nem precisávamos, porque quando recuavam a gente podia pegar com a mão. Isso é um recurso. Não vejo com bons olhos, porque tem goleiros que não sabem jogar com os pés. São recursos, não pra gente ir usando isso toda hora – falou.
Já Ricardo Berna, bicampeão brasileiro (2010/12) e campeão da Copa do Brasil (2007), saber sair jogando é uma necessidade.
– Me deram até um apelido (no início, por conta de cabelo com rabo de cavalo). Eu esperei quase dois anos para ter uma oportunidade no clube, no clássico contra o Botafogo e usava um rabo de cabelo (risos). Parecia jogador argentino. Acho que é obrigação do goleiro de adequar essa nova regra, usar o pé. Tem que ter as duas virtudes, ou seja, trabalhar com as mãos e pernas – disse.