Ferj segue na batalha velada com clubes para forçar assinatura da venda dos direitos de TV (Foto: Ursula Nery (Ferj)

Ainda não se sabe quando, mas a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) está trabalhando em protocolos de segurança para quando os treinos e o Campeonato Carioca puderem recomeçar. Presidente da entidade, Rubens Lopes avalia as questões envolvidas e lembra que vários médicos estão trabalhando na questão.

– O protocolo médico elaborado e debatido por mais de 30 médicos, todos os clubes participaram disso, com uma consultoria de um grande infectologista da UFRJ. Ou seja, esse protocolo não é para apenas atletas, mas para cobertura proteção e segurança de todos que venham a estar inseridos. Atletas, gandulas, porteiros… Os protocolos serão para todos – disse.

 
 
 

Rubinho ainda não sabe dizer quantas pessoas poderão trabalhar durante os jogos. Até porque, pelo menos por enquanto, o protocolo de segurança visa à liberação dos treinamentos. As partidas virão na sequência.

– Primeiro, não se fez nenhum protocolo para quando as partidas forem reiniciadas. O que se fez, reafirmo, foi um protocolo destinado a ser observado por ocasião do retorno às atividades de treinamento. A partir daí, vamos, quando nos for dito, trabalhar na formação de protocolo de segurança para as partidas que venham a ser realizadas. Não se sabe quando vai ser, como vai estar o cenário da pandemia, não se sabe onde os jogos serão realizados. O momento ainda é precoce para isso. “Os protocolos médicos apresentados”… Não foram protocolos apresentados, foi um protocolo elaborado e divulgado com a finalidade de disciplinar as ações dos treinamentos quando do retorno – falou, complementando:

– Quando o campeonato recomeçar, todos deverão estar protegidos por medidas e orientações que lhes tragam uma maior segurança, que lhes reduzam o risco. Independentemente de ser atleta, dirigente, comissão técnica… Todos.

Além de todas as medidas em relação aos grupos, os jogos ainda deverão ser disputados com portões fechados para evitar aglomerações. No entanto, nada garanta que não exista risco. Rubens Lopes é realista em relação a isso.

– Eu seria completamente imprudente se fosse dizer que tudo é isento de risco. Entro no avião, não sei se ele vai chegar. É o transporte mais seguro do mundo, mas não sei se vai chegar. Quando vai fazer uma tomografia computadorizada, eles te apresentam um papel, “assina aqui”, porque você poder ter uma reação alérgica, sofrer um choque anafilático… Vai arrancar um dente, pode ter uma hemorragia. Não existe risco zero. Qualquer um que disser risco zero é um inconsequente. O que existe são os cuidados para que minimize ao máximo que possa esse risco. Até porque o risco de contaminação está no mundo, em todo lugar. Está em receber uma encomenda na sua casa, passar na garagem para abrir seu carro… O risco existe em qualquer lugar. O que estamos trabalhando é na direção de minimizar ao máximo, oferecendo e praticando tudo o que é possível para a biossegurança – explicou.