Diretoria consegue receita emergencial que não estava nos planos durante paralisação do futebol (Foto: Mailson Santana - FFC)

Além da interrupção das parcelas do Ato Trabalhista, o Fluminense conseguiu mais uma importante vitória na Justiça na semana passada para driblar a crise financeira causada pela pandemia do novo coronavírus. A pedido do clube, uma penhora foi suspensa por seis meses e houve liberação de R$ 2,8 milhões para se conseguir manter pagamentos de jogadores e funcionários durante a quarentena.

O departamento jurídico entrou com ação em março na 6ª Vara Cível do Rio de Janeiro. O argumento era precisar destinar a verba a salários, planos de saúde e alimentação. Há o comprometimento de comprovar tal utilização. Antes do julgamento, o Fluminense entrou em acordo com o espólio de Nello Bianchi, autor do processo movido em 2007 em função de dívida antiga referente a um casarão na Rua Belisário Távora, em Laranjeiras. Tal propriedade foi alugada pelo clube em 1990 e era utilizada como alojamento para jogadores que viessem de fora.

 
 
 

Na ocasião, o clube continuou ocupando o local após prazo mínimo de 30 meses em contrato, mas deixou de pagar aluguel e IPTU de abril de 2002 a fevereiro de 2007. Foram dois processos, um de ação de despejo e outro de ação executiva. Em 2018, a Justiça determinou penhora de parte das receitas tricolores até completar a execução total de um, que era de R$ 3,2 milhões em 2017.

Pelo acordo, as partes encerraram a ação de execução, dada como quitada pela quantia penhorada de R$ 2.472.878,68, e liberaram o valor de R$ 2,8 milhões da ação de despejo, que continuará a ser paga daqui a seis meses, com retenção de 15% das receitas de transmissão do clube. Com isso, o Tricolor das Laranjeiras, além de obter uma receita que não estava nos planos em um período emergencial, encerra metade da dívida com o restante do débito já equacionado.