Jogador vitorioso com título brasileiro no Santos e carioca pelo Fluminense, Preto Casagrande admite que não conseguiu digerir a frustração de ter perdido com o Tricolor a final da Copa do Brasil de 2005. Na ocasião, o Flu foi derrotado pelo Paulista de Jundiaí por 2 a 0 fora de casa e empatou em 0 a 0 na volta, em São Januário. O ex-volante, hoje torcedor tricolor, recorda a frustração que foi.
– Essa é a maior derrota da minha vida profissionalmente, que mais me dói. Porque é um título muito expressivo. Para mim, faltaram Copa do Brasil e Libertadores. Ganhei vários estaduais, fui campeão brasileiro… Principalmente pelo fato do Fluminense ser favorito. A gente perder aquela final foi um absurdo. Acho que o Abel meio que subestimou o primeiro jogo em Jundiaí. Foi querer botar um time muito jovem, e a gente acabou sendo surpreendido – disse, prosseguindo:
– Acho que foi a que eu mais chorei na minha vida, que eu mais demorei para digerir ao longo da minha carreira. A gente imaginava que aquele título ia dar um alívio muito grande, até para disputar o Brasileiro. E o time estava muito bom, o ambiente muito saudável, a Unimed na época ajudava, jogadores experientes… Falei: “Meu Deus, não tem como perder esse título”.
Preto Casagrande prossegue e faz uma análise das duas partidas.
– O primeiro jogo acabou com a gente. A gente sufocou em São Januário, perdemos gols demais e não conseguimos furar o bloqueio. E o Abel já tinha perdido um ano antes pelo Flamengo, contra o Santo André. Ele já carregava isso, então sentimos mais ainda por conta disso, porque ele era muito querido por todos – disse.