Ao tomar conhecimento das declarações de Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, Mário Bittencourt se pronunciou. Em entrevista ao site da ESPN Brasil, o mandatário do Fluminense e representante da Comissão Nacional de Clubes esclareceu a proposta apresentada aos jogadores:
– Inicialmente gostaria de esclarecer que a reunião que fizemos para formular uma proposta de acordo coletivo aos atletas teve a participação de representantes das séries A, B, C e D. Em segundo lugar, não existe qualquer posição unilateral por parte dos clubes. Na verdade, formulamos uma proposta que entendemos viável no momento e a encaminhamos a FENAPAF para que ela enviasse aos 21 sindicatos e aos atletas, justamente para que pudessem avaliar e responder no início da semana com suas ponderações. O presidente do sindicato, por indelicadeza, citou o Fluminense, me obrigando a responder. Os atletas do Fluminense estão em casa e, estes dias que lá estão fazendo seus treinamentos individuais, serão pagos integralmente porque ninguém esperava que a pandemia pudesse parar as competições. Nem os clubes e nem os atletas. Na há culpados nesta história. Só vítimas; e como vítimas temos todos que nos unir e encontrar caminhos. Ataques pessoais ou institucionais são mal vindos. Não faremos nada que prejudique os atletas, mas a comunidade do futebol, assim como todas as outras, precisa compreender que é um momento de todos cederem um pouco para preservarmos os empregos. Todas as empresas estão nesse rumo. Essa pandemia impõe que não haja lados nem defesa de interesses que não seja de objetivos comuns. Nossa proposta prevê soluções para que os atletas percam o mínimo possível e nós também, posto que estamos perdendo patrocinadores e quase todas as receitas. Agora, como já havia dito, estamos abertos e aguardando a manifestação dos sindicatos. Mas manifestação séria de gente séria – destacou Mário, que continuou:
– Sobre aos ataques feitos ao Fluminense e a mim, são injustos, despropositados e mostram a incapacidade intelectual e o desequilíbrio do Presidente do Sindicato de São Paulo, que ao invés de estar tentado conciliar, está jogando lenha na fogueira tentando colocar os atletas contra os clubes. Eu e minha equipe assumimos o clube há 8 meses, com 3 meses de salários atrasados e 13 salário de 2018 também não pago. De lá pra cá quitamos 12 folhas, estando incluídos os 13 salário de 2018 e de 2019. São 12 folhas pagas em 8 meses. Ainda temos algumas imagens em aberto realmente, mas dentro da situação financeira que encontramos temos cumprido o máximo possível. Mas no fundo eu sei qual é a intenção do presidente do sindicato e de meia dúzia de advogados que são ligados a ele: o objetivo e no meio do caos angariar clientes para depois ajuizarem ações milionárias cobrando uma série de absurdos. E isso que eles fazem há anos