A Comissão Nacional de Clubes apresentou neste sábado a primeira proposta aos atletas para conter os danos da paralisação do futebol pela COVID-19. Entre outras medidas, o material propôs férias coletivas e redução salarial de jogadores em 50%. Caio Ribeiro, PVC e Pedrinho, discutiram o assunto durante o programa “Faixa Especial”, do “SporTV”. O ex-jogador de Palmeiras e Vasco pregou cautela.
– Analisar a questão do salário é cruel, porque todo mundo sabe onde aperta o seu calo. O atleta esta disponível, mas não pode jogar por causa do coronavírus. Esses danos vão ser maiores também quando acabar isso, a questão emocional, a questão econômica do país, tudo isso vai ser visto depois. Cortar o salário do atleta no meio quando ele está disponível é muito cruel – disse Pedrinho.
Caio Ribeiro seguiu a linha do companheiro de bancada. O comentarista pediu por bom senso e criação de alternativa:
– Acho que tem que ter calma porque é algo completamente inusitado, é novidade pra todo mundo e todo mundo precisa ter bom senso, atleta, dirigente, clube (…). Tem que entender também o lado dos patrocinadores, é uma situação emergencial. Neste momento, precisa pensar sempre no plano A, no plano B e no C, não sabemos quando isso vai acabar. No momento, a importância é preservar a saúde das pessoas, dos nossos idosos. Vamos colocar (a proposta) na mesa, sentar e com calma tentar resolver – analisou Caio, e lembrou que o futebol profissional não trata apenas de salários astronômicos:
– Quando a gente fala sobre cortar salários, estamos falando no topo da pirâmide, de Série A, mas a maioria precisa desse contrato pra pagar conta, por arroz e feijão na mesa – completou o ex-jogador.