Foto: Lucas Merçon - FFC

Março. Acho que já é possível falar sobre o Fluminense de Mário e Odair sem muito especular.

Não me parece ser verdade a opinião de boa parte de nossa torcida de que o elenco piorou em relação ao ano passado. Sim, jogadores importantes deixaram o grupo, destaques para Caio Henrique, Allan e João Pedro, caras de indiscutível qualidade técnica. Por outro lado, chegaram caras novas, algumas interessantes. Pacheco me parece ser uma ótima aposta, assim como Hudson e Yago, sem falar na volta do Wellington Silva que – Vá lá – irrita mais que agrada, mas que joga umas cem vezes melhor que Pablos Dyegos e outras barangas que viviam nos atormentando feito fantasmas.

 
 
 

O time me parece ter perdido um pouco em qualidade, mas ganhou mais opções viáveis. No fim, para ser bem sincero, tudo bem parecido com 2019 no que diz respeito ao que podemos esperar.

Por incrível que pareça pioramos no comando técnico. Numa boa? Esse Odair vai nos irritar de uma maneira pouco vista em nossa arquibancada. Ô treinador insosso. Odair escala mal, mexe mal, irrita quando dá entrevistas, tem uma certa pose professoral que não se sustenta e está fazendo hora extra na função. Acho que será um desperdício de tempo seguir com esse camarada no comando do time até o início do Brasileiro. Odair é da escola do Dunga, ama um cabeça de área, parece ter delírios de satisfação com a volta dos atacantes para defender.

Podem colocar na conta dele a inaceitável eliminação na Sul-Americana deste ano. Errou no jogo de ida, escalando um time covarde contra o Olaria chileno em pleno Maracanã e foi punido no jogo da volta quando fez tudo – absolutamente tudo – de errado na escalação e substituições.

Teimoso – aquele tipo de treinador que fica apegado às suas convicções mesmo quando elas se mostram inviáveis –, Odair já teve a chance de ver seu time rendendo um pouco melhor, quando em campo estavam jogadores mais leves e com mais capacidade de movimentação. Mas professor é professor, não é? Time solto? Leve? Insinuante? Deixa eu fechar a casinha.

Yago não é volante, ele diz. Talvez porque por ali tenha que jogar o Henrique, que hoje em dia parece um caminhão cegonha subindo a Serra das Araras.

Miguel entrou arrebentando com passes e volume de jogo? Encosta o menino nos zagueiros adversários, bota para jogar de falso nove. Tem tudo para funcionar.

Matheus Ferraz, disparado  o melhor zagueiro de 2019, já está de volta? Deixa no banco. Digão é capitão e homem de confiança.

Muito ruim nosso treinador. Mas muito ruim mesmo.

Aliás, sobre o Digão. Quem aguenta esse cidadão no time titular? Amigos o Digão mantém uma sequência de lambanças há quase uma década. É provável que esteja entre os recordistas da história do clube no quesito. Mas está lá. Pronto para paçocar com o estilo sério de sempre. Erra com classe o zagueiro.

Desculpem o azedume, principalmente porque voltar a escrever depois de uma longa ausência deveria me impulsionar para texto mais otimista. Tá complicado.

Vejo um ou outro tricolor mais abnegado trazendo as estatísticas deste ano. Sei lá quantos por cento de aproveitamento. Amigos, vão pra casa do cacete esses lunáticos. Estamos jogando contra ninguém. Ninguém. Vou repetir: Ninguém.

O único time de qualidade que enfrentamos no ano foi o Flamengo. Perdemos e aplaudimos a luta. Bacana. Mas foi só.

Madureira, Boavista, Resende, Moto Club, La Calera, Botafogo… Não podemos achar que o negócio está bom. Cacete, não está. Nosso treinador é horroroso, é marrento e é teimoso como uma mula.

Quando o Macaé virar o Palmeiras e quando o Bangu se tornar o Grêmio o buraco vai ficar muito mais estreito. Ou estou sendo apocalíptico?

Mário –  que também é muito responsável pela eliminação precoce do único campeonato que tínhamos chances de vencer em 2020 – não me parece convencido de que errou na aposta sobre o treinador. Uma pena porque a tendência é que tenha que trocá-lo quando a situação no Brasileiro ficar difícil. Mas assim é o futebol. Mandam os resultados. Nosso aproveitamento é de top 5 da Europa num Carioca que não serve como parâmetro nem para testar jogador.

Amanhã estarei no Maracanã? Sim. Já fiz o Check-in. A Copa do Brasil é uma competição longa e espero que tenhamos um treinador mais viável ao longo do torneio. Vencer amanhã é obrigação. Será mais uma equipe de nível inferior que enfrentaremos.

Só espero que eu não seja obrigado a ver a lentidão do time preferido pelo Odair. Mas confesso que já separei meu dramin.

Vai melhorar. Queiram-me bem.

Abraços tricolores.

CURTA

– Meu 11:  Muriel, Gilberto, Matheus Ferraz, Nino e Egídio; Hudson, Yago e Ganso; Pacheco, Marcos Paulo e Evanílson.