Oi, pessoal!
Porcas emoções estamos vivendo e já sentimos que deveríamos estar melhores enquanto vemos um time cada vez mais assustador.
Pois é. Então, lá fui eu ver para crer.
Coletiva pós-jogo. O técnico tricolor se aproxima e o ágil repórter, de cara, pergunta: “- O Fluminense foi surpreendido no 1° tempo?”
“Não. Não, porque nós estudamos o Moto. Trabalhamos. Conversamos muito a respeito disso. Mostramos, na preleção, alguns comportamentos que a equipe do Moto têm. Uma delas era essa bola longa nas costas da linha de defesa. A outra era a situação da bola parada no 1° pau. Então, todos nós temos a consciência que tomamos o gol naquilo que vimos, naquilo que treinamos e que sabíamos que podia acontecer”, respondeu Odair Hellmann.
Agora, eu pergunto: você é comandante do Fluminense e vai jogar contra o Moto Club. Moto Club, hein. Estuda? Claro! Conversa? Claro! Treinam as situações? Óbvio.
Odair rezou a cartilha. Estudou, conversou, treinou. Muito mal. Afinal, o adversário meteu dois gols e se fosse um pouco melhorzinho, mais arrumadinho como um Calera ou Boavista da vida, nos derrubaríamos.
Além do aumento do prejuízo financeiro (a Sula foi-se em dois jogos), com milhões de reais perdidos, uma desmoralização acumulada.
Por que levou dois gols de um time muito inferior? Culpa do jogador ou de um time mal escalado e posicionado em campo? Nós estamos falando do Moto Club fazer gols nas costas do Gilberto e de bola parada!
Mário Bittencourt e seus “Márionetes” estão flertando com a catástrofe de maneira que eu, sinceramente, não esperava.
Eu entendo como não deve ser excitante ser presidente do Fluminense – só Abad não viveu isso porque foi tampa de vaso sanitário do que seu grupo Flusócio.
Deve ser eufórico se sentir cercado de bajuladores, ver o jogador cantar musiquinha, apelidar e etc. Não o culpo por isso.
A perda total do raciocínio e da avaliação é o que mais me assusta. Porque mostra uma intoxicação. Um contágio. Uma cegueira.
O Fluminense não pode atuar contra times pequenos do Rio, ser eliminado da Sul-americana em dois jogos contra um inexpressivo clube como o Calera, levar 2 a 0 do modesto Moto Club.
Isso tudo sem que víssemos o time dominar as ações da partida, minimamente arrumado, escalado com o jogador certo em sua posição. Pelo contrário.
Acha que em jogos contra clubes mais expressivos, marcariam falta no Muriel e dariam aquele pênalti no Nenê? Um profissional, conselheiros e presidente do Fluminense devem saber que não.
O flerte piora quando lembramos que estamos dependendo do estalo de um jogador de 38 anos para desequilibrar porque o coletivo não existe!
Atenção! Nenê não pode ser nem é salvador de um Fluminense! Claro que é divertido e bacana o ver rendendo, fazendo gols. No entanto, isso é para torcedor curtir.
Para um departamento profissional de futebol do Fluminense deve ser extremamente preocupante, arrepiante, desesperador o risco de depender só do Nenê.
Gente, ele tem 38 anos. Fará 39 daqui a pouco. Joga sozinho. Temos uma longa temporada e é humanamente impossível ele manter essa regularidade. Aliás, já oscila, o que é natural. Nenê não é um Conca 2010
O Fluminense está sem técnico de futebol. Sem time. Sem repertório. Sua defesa é mal escalada e postada. O meio-campo, com Henrique sendo o cabeça, é presa fácil de ser ultrapassado e dominado. O ataque tem que se virar para achar uma jogada.
O Fluminense está sem técnico de futebol. Odair sabe teoria e, na prática, só uma maneira de jogo. Passivo, nem reativo o time é, Odair engessa.
Precisamos de um treinador que saiba arrumar, escalar e posicionar o jogador conforme sua característica.
Pode ser retranqueiro como o complexo de vira-lata de quem povoa o Fluminense desde 1988 tem e que, pelo visto, o atual presidente tem também.
Fato é que não precisamos, graças a Deus, ser eliminados da Copa do Brasil pelo Moto Club para sabermos que precisamos de um técnico de futebol.
A nossa margem de erro, sem mídia e força “C-B-Fistêmica”, é quase zero e entramos no mês de Março com um time que deveria estar rendendo mais e que um jogador de 38 anos salvou de uma catástrofe.
Mário Bittencourt flerta com a catástrofe. É inesperado e assustador.
Só o fato de medir se um profissional fica ou sai usando uma peleja contra o Moto Club, me desespera.
Gente, se fosse eliminado no Maranhão era para sair até o presidente!
Estão brincando demais. É o que parece. Muitas risadas. Cantorias. Apelidos. Gracinhas. O que é isso?!! Estão rindo de quê?
E o time em campo? Pobre, sem repertório, dependendo de um estalo individual.
Uma imensa decepção me abate sobre Mário Bittencourt e a aflição, inevitável, já ronda a área: é o fantasma que nos zomba, tortura, judia, como tricolores, desde 2013.
Isso não é cornetagem, nem profecia apocalíptica. É só não ser cega.
Não só eu. Somos muitos na torcida sem a cegueira do poder tentando lhe mostrar o óbvio, presidente: pare de flertar com a catástrofe e contrate um técnico de futebol.
Antes que seja tarde… Muito tarde.
O resto é angústia.
ST.