Sem jogo no fim de semana, o técnico Odair Hellmann tem a oportunidade de, pela primeira vez na temporada, treinar o Fluminense por sete dias. Neste período, ele poderá observar melhor jogadores que ficaram fora do time titular no início do ano. É o momento em que jogadores já contestados pela torcida se veem ameaçados por seus reservas. E é na zaga que eles mais fazem sombra.
A dupla Luccas Claro e Digão não caiu nas graças da torcida, que pede por uma chance a Nino e Matheus Ferraz. Não será surpresa se ao menos um deles aparecer na estreia do time na Copa do Brasil, contra o Moto Club, em São Luís-MA.
Matheus Ferraz até iniciou o ano como titular. Ele aproveitou que Digão não estava inscrito nas duas primeiras rodadas para mostrar que a lesão que o tirou dos campos por sete meses em 2019 ficou para trás.
Ao todo, Matheus Ferraz já disputou três partidas neste ano. E, com ele, o Fluminense não sofreu nenhum gol. As eliminações na Taça Guabanara, para o Flamengo, e na Sul-americana, para o Unión La Calera, fizeram a implicância da torcida com Digão voltar.
Do lado direito, a situação de Luccas Claro não é melhor. Embora o zagueiro tenha aproveitado os primeiros jogos do ano para mostrar seu lado artilheiro (foram três gols em oito partidas), sua atenção na defesa já causa irritação. Principalmente pela lentidão — o que ficou evidente no principal teste do ano, o clássico contra o Flamengo, pela semifinal da Taça GB.
Para piorar a situação de Luccas Claro, Nino se reapresentou ao Fluminense há dez dias com o moral elevado. O zagueiro retornou do Torneio Pré-Olímpico com a missão de classificar o Brasil para Tóquio-2020 cumprida. E, o mais importante, com cinco jogos como titular no currículo.