(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Com a vantagem do empate, o Fluminense foi superado pelo Flamengo por 3 a 2, quarta, no Maracanã, pela semifinal da Taça Guanabara. O adversário chegou a abrir 3 a 0 na partida e o Tricolor reagiu. Depois do Fla-Flu, o técnico Odair Hellmann comentou a atuação de seus comandados. O primeiro tempo, foi bem ruim.

— Não fizemos um bom primeiro tempo. Cometemos um erro em bola parada e outro de uma saída de bola nossa e isso custou caro. Quando você toma dois gols logo no início, você desestabiliza e fica arriscado a tomar mais gols. São situações que acontecem dentro de uma equipe que já está entrosada, dentro de uma equipe que já tem identidade sólida, como por exemplo o Flamengo, imagina com uma equipe que está começando o trabalho agora. Tivemos dificuldade até conseguirmos nos estabilizar no fim do primeiro tempo. Antes, não conseguíamos nem fazer a construção de trás, nem alongar o jogo, situações que havíamos trabalhado. Mas essas dificuldades aconteceram muito mais pelos gols terem saído muito cedo – comentou.

 
 
 

Já na etapa final, o Fluminense mostrou um forte poder de reação, diminuindo a distância do rival, mas não o suficiente para chegar ao empate e à classificação.

– No segundo tempo, o Evanilson tem uma oportunidade clara de gol antes de tomarmos o terceiro. E antes do gol ainda estávamos de frente para uma finalização, não finalizamos, tomamos o contra-ataque e levamos o terceiro gol. Falei das coisas ruins, mas preciso falar das coisas excelentes também que tivemos a partir daí. Um poder de reação muito grande. Um grupo de jogadores que estava perdendo por 3 a 0 para o rival que talvez tenha seu melhor time dos últimos 30 anos, consolidado, e tem capacidade e espírito de comportamento para reagir. Trabalhamos essas situações que fizemos em pouco tempo de treinamento: construção e achar bolas de espaço nas costas do zagueiro, porque a linha do Flamengo é muito alta – disse, complementando:.

— A partir do momento que entrou a primeira bola do Evanilson, entrou a segunda, começamos a encontrar o jogo. A linha do Flamengo que sobe muito, já não compactava mais, porque ela não sabia se a bola seria curta ou alongada. E foi o que treinamos e foi o que aconteceu a partir dali. Fizemos o 3 a 1, o 3 a 2, o 3 a 3, o 4 a 3… Os dois últimos não valeram, mas fizemos. Produzimos até mais que o Flamengo do 1º tempo. O Flamengo teve toda uma situação de 1º tempo, e nós tivemos toda uma situação de 2º tempo, bem melhor, que fez até o Flamengo fazer cera, o que eu não via há muito tempo, de cair, desacelerar o jogo, 8 minutos de acréscimo, jogo não andar. A sensação minha é de que iríamos empatar o jogo. O importante de tudo isso é visualizar que não podemos dar essas possibilidades para um adversário com todo esse poderio e que temos que nos aproximar desse 2º tempo em termos de parte tática, mental, física.