Em entrevista ao programa “Os Donos da Bola”, da TV Bandeirantes, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, comentou a situação financeira e o montante atual de dívidas que o Tricolor tem para saldar. O mandatário ainda revelou o que tem feito para que o clube consiga mais receitas e possa saná-las.
– Hoje (a dívida) está em torno de R$ 650 milhões, mas uns 400 estão parcelados. Boa parte com Profut e Ato Trabalhista. Mas isso nos dá um custo mensal de R$ 3 milhões, que é quase o preço da folha de futebol. Mas tem R$ 250 milhões fora disso, que volta e meia causa penhora. Continuamos tendo dificuldades. Se fosse uma empresa como outra qualquer, você reduzia todos os custos em 20% e pagava em 20 anos. Mas num clube de futebol, a maior parte da receita vem dos resultados. Tenho que ter um time pra ter resultado. Se tivéssemos sido rebaixados, nossa receita de TV caía em R$ 80 milhões, que é o que caiu a do Cruzeiro. Porque agora não tem mais cláusula de para-quedas, que cai e ainda fica um ano recebendo cota de série A. Minimamente, tenho que ter um time de futebol. A folha hoje é de R$ 3,6 milhões, mas não posso reduzir isso e correr um risco de ter um revés e cair. Aí tiro R$ 80 milhões do ano que vem. O estudo interno que temos é que uma folha entre R$ 8 e R$ 9 milhões briga por títulos, vaga na Libertadores. O Grêmio, salve engano, tinha uma folha de R$ 9 milhões/mês quando foi campeão da Libertadores. Eu estou tentando ajudar o Fluminense e hoje é fazer dessa forma. E não vou estourar a cota do clube. E a torcida entendeu isso. Essa alavancada de sete mil para 24 mil pessoas, sem qualquer plano novo, mostra isso – disse.