O Fluminense tende a tomar um calote milionário de duas empresas que estiveram presentes em sua camisa nos últimos anos: de um lado, a fornecedora de materiais esportivos, Dryworld. Do outro, a empresa de cartões de crédito, Valle Express. A primeira, na gestão Peter Siemsen, e a segunda, na administração Pedro Abad. O clube entrou com ação contra ambas e, mesmo se vencer na Justiça, não deve receber os mais de R$ 58 milhões que pede, somando-se os processos.

Para entender o que pode ocorrer, é importante salientar que os processos se dividem em dois momentos: o de conhecimento (para se saber o vencedor) e o da execução (quando o vencedor busca alcançar o valor a que tem direito por sentença). Em virtude disto, diz-se no direito que “ganhar é uma coisa, levar é outra”. Como ambas as empresas abriram processo de falência no Brasil, a tendência é a de que elas não tenham capital para ser repassado ao Tricolor ao final das ações.

 
 
 

Embora a parceria tenha se encerrado há quase quatro anos, depois que o Fluminense rompeu devido a uma dívida de R$ 12 milhões, além da distribuição deficitária dos uniformes, a Dryworld virou um tema pouco falado. Processando a empresa diretamente no seu país sede, temendo que a mesma declarasse falência no Brasil – como é o caso atualmente -, o Tricolor pede mais de R$ 50 milhões em indenização, mas segue esperando uma resolução da Justiça Canadense sobre o caso.

NETFLU apurou que a Dryworld chegou a fazer uma proposta de pouco mais de US$ 1 milhão (mais de R$ 4,1 milhões), ainda na gestão Abad, mas o clube entendeu que era muito abaixo do que deveria receber. O Fluminense conta com apoio jurídico de agentes externos para tentar definir a questão no Canadá.

A rescisão do contrato com a Valle Express virou processo na Justiça também. O Fluminense cobra uma dívida de cerca de R$ 8,8 milhões, relativos a quatro parcelas em atraso dos vencimentos da ex-patrocinadora, além da multa de não cumprimento do acordo de patrocínio. No clube, o temor é que realmente não haja o pagamento em caso de vitória tricolor nos tribunais.

Recentemente, o presidente tricolor, falou rapidamente sobre as ações, além do imbróglio diante do Samorin.

– Todos ainda ajuizados, sendo discutidos judicialmente. Até porque nesta época do ano, você não vai ter resultado em juízo nenhum. Tudo em recesso. Samorin ainda estamos buscando informações internas na gestão anterior. O pessoal está contribuindo. Devemos encaminhar para fevereiro ou março – frisou.