Se neste ano o Fluminense trouxe muitos jogadores, o pensamento para 2020 é justamente o contrário. A gestão encabeçada por Mário Bittencourt procura manter os atletas mais importantes e fazer contratações pontuais.
Diretor executivo de futebol, Paulo Angioni explica a mudança. O dirigente atenta para o fato, inclusive, que 2019 era para ser o último ano do mandato de Pedro Abad, mas houve uma mudança no meio do caminho.
Angioni destaca que o pensamento no começo do ano ao fazer os contratos era que eles terminassem junto com a gestão, prática comum entre os clubes.
— Em 2019 havia um fato novo, que eu nunca tinha vivenciado. Uma interrupção de governança no meio da competição. Havia, lá atrás, uma preocupação de respeitar contrato. E aí os contratos foram feitos até dezembro apenas. E o Fluminense não foi o único. A grande maioria dos clubes brasileiros fizeram isso. E dos que não fizeram alguns estão com mais prejuízo. A mudança hoje é que há uma gestão de mais três anos, que dá o direito de você projetar mais tempo. Naquela oportunidade não tinha como projetar mais tempo. E também pelas próprias circunstâncias financeiras. E não acontece só com o Fluminense – disse, complementando:
— A maioria dos clubes que possui recebível menor tem receio de alongar contratos porque, eventualmente, pode não dar certo, e aí fica um custo agregado. O Fluminense trabalhará em 2020 com uma folha do mesmo tamanho da de 2019. Mas dará o direito de alongar um pouco os contratos e fazer contratos mais longos. Mas, para isso, não pode errar. E para isso precisa se manter o que acertou – e está tentando se manter o máximo – e discutir contratações pontuais, pela necessidade da chegada de um novo treinador com uma nova filosofia de jogo.