Mário Bittencourt assumiu a presidência do Fluminense na metade da temporada e em meio a um furacão. Em crise financeira, o Tricolor chegou a dever três meses de salários e convivia com penhoras constantes. Hoje, o momento ainda é delicado, mas já dá para enxergar uma luz no fim do horizonte. Com o ano próximo de terminar, o mandatário tricolor conseguiu cumprir sua principal promessa de campanha, ou pelo menos grande parte dela.

Quando venceu a eleição no dia 08 de junho, Bittencourt afirmou que sua prioridade era acertar os salários atrasados. E isso foi concretizado. Desde que tomou posse, o presidente quitou nove folhas de CLT, além do 13º de 2018 que ainda estava em aberto. Ainda restam pendências, como o 13º de 2019 e alguns meses de direitos de imagem, mas o mandatário garantiu que até a próxima terça-feira, parte desses débitos também serão quitados.

 
 
 

– Na semana passada, quitamos todos os salários do ano. Chegamos em junho e acertamos de abril até novembro, além do 13º de 2018 e iniciamos o pagamento dos direitos de imagem. Por serem pessoas jurídicas, a gente está aguardando que eles emitem as notas. Sendo emitidas, quitaremos até terça-feira todas as imagens atrasadas até outubro. Vamos ficar devendo apenas a imagem de novembro. Acredito que na semana que vem, vamos conseguir pagar também a primeira parcela do 13º deste ano – disse ele em coletiva na última quinta-feira.

O dinheiro das vendas de Pedro e de João Pedro, somado aos bônus financeiros que o Fluminense recebeu ao fim do Campeonato Brasileiro, foram usados quase que em sua totalidade para saldar as dívidas com o elenco. Além disso, o clube conseguiu um acordo com o Profut para o pagamento de uma dívida milionária em parcelas, evitando novas penhoras. A crise ainda existe, mas ao menos Mário entrará em 2020 com crédito de confiança entre os jogadores do elenco e a comissão técnica.

– Estamos terminando 2019 praticamente em dia, com mais de dez salários pagos em seis meses de trabalho. Dentro das dificuldades, estamos conseguindo honrar os compromissos com dignidade e é por isso que estamos com dificuldades em manter alguns jogadores – comentou.