O Núcleo de Investigação à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (NIC-LD) da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro começou, nesta quarta-feira, a Operação Cartão Vermelho em diversos endereços relacionados à cúpula da arbitragem carioca. No total, são 13 mandados de busca e apreensão por suspeitas de organização criminosa, falsidade ideológica e de lavagem de dinheiro. O ex-chefe da arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Jorge Rabello foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Em seu apartamento, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, foram apreendidos documentos, equipamentos eletrônitoc e um revólver calibre 38 com munições.
A operação também foi à sede da Ferj. Jorge Rabello, chefe da arbitragem até abril deste ano, é suspeito de ser o chefe de um esquema para enriquecimento ilícito através do Sindicato dos Árbitros Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (Saperj). Não havia mandado de prisão contra ele, mas o ex-árbitro acabou detido por conta da arma de fogo sem registro.
Veja o que diz documento elaborado pela Polícia Civil a respeito do enriquecimento de Rabello.
“Apresenta alto padrão de vida, com patrimônio superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), conforme apurado até aqui, sendo necessário perquirir a licitude de sua evolução patrimonial, levando-se em conta também que a denúncia recebida neste núcleo policial indica evolução patrimonial incompatível com a renda, fato que também não passou despercebido pelas testemunhas, que informam em suas declarações a incompatibilidade existente entre renda e gastos de Jorge Rabello, indicando o desvio das verbas das instituições. (…) Destaca-se: que Jorge Rabello antes de se tornar o Presidente do Sindicato possuía uma padrão de vida modesto, residindo no bairro do Colégio, um dos piores IDHs do Município e tinha um carro Siena, que tal realidade mudou bruscamente quando passou assumir a Comissão de Arbitragem da FERJ em 2007”.