Arouca foi campeão da Copa do Brasil pelo Fluminense e vice da Libertadores (Foto: Photocamera)

Revelado pelo Fluminense nas categorias de base de Xerém, o volante Arouca deixou o clube no fim de 2008 e rodou por outros grandes clubes do futebol brasileiro como São Paulo, Santos, Palmeiras e Atlético-MG. Em sua passagem pelo Peixe, onde jogou com Neymar e fez parte dos “Meninos da Vila”. O atleta também teve um episódio triste na carreira: sofreu um ato de racismo.

Isso aconteceu em uma partida pelo Paulistão de 2014, quando o Santos goleou o Mogi Mirim por 5 a 2 e a torcida da casa desferiu seu preconceito contra o jogador. Em entrevista ao portal Lancenet, ele relembrou com tristeza do dia.

 
 
 

– No meu caso tinha sido uma coisa nova porque eu nunca tinha passado esse tipo de situação, constrangedora desse jeito. De fato, foi até em um jogo que eu fiz um dos gols mais bonitos da minha carreira. Durante o jogo eu não tinha escutado vindo da arquibancada. Tanto é que no fim do jogo, eu fui dar uma entrevista e tinha alguns torcedores por perto. Eu fui questionado sobre a seleção e eu falei que eu ainda sonhava em voltar para a Seleção, aí eu escutei da arquibancada: “só se for a seleção da África do Sul”. Eu olhei para a arquibancada mas não consegui identificar de onde veio, então deixei de lado. Depois fui olhar na televisão e vi que eu fui chamado de macaco. É até difícil tocar nesse assunto. Algumas pessoas falam que a gente está se vitimizando, mas não é. Enquanto não houver uma punição severa, rígida para essas pessoas vai continuar acontecendo, porque se trata de um crime. Um exemplo é a questão do Taison. Ele foi vítima de racismo, mas acabou sendo expulso e levando punição da federação, então acabou que ele foi não foi a vítima. Jogaram para cima dele. Tem que juntar a federação, o clube e eles ficarem ao lado do jogador e dar apoio, além de achar essas pessoas e dar uma punição severa. Se não, vai continuar acontecendo – relembrou, indignado.