À frente do Fluminense desde junho, Mário Bittencourt concedeu longa entrevista coletiva na tarde de quinta-feira, no CT Carlos José Castilho. Em determinado momento, o presidente se defendeu de acusações sobre supostamente não ter cumprido promessas de campanha.
De acordo com o mandatário, o processo de recuperação do clube é para ser feito a longo prazo.
— Essa questão de, vou falar tranquilamente, não baliza as nossas decisões. “Ah, prometeu na campanha e não aconteceu”. A gente entregou um plano de gestão, cara. Está no site até hoje. Ele é de três anos e meio. Uma série de coisas que estão no plano vão acontecer, outras não. Por qual motivo? O clube tem de se reconstruir em três, seis, nove até 12 anos – afirmou o mandatário, prosseguindo:
— – Não vou ficar impressionado ou pressionado porque as pessoas estão postando “ah, você prometeu”. Se daqui a três anos eu quiser seguir e os sócios entenderem que a gente melhorou a gestão e votarem, ok. Se entenderem que a gente não fez uma boa gestão, colocam outro. É democracia. É Fluminense grande. Eu insisto em não politizar a gestão. As pessoas dizem que eu falei na campanha. Lógico. Falei tudo que pretendo fazer. Numa boa, se a gente conseguir fazer 60% ou 70% do que nos programamos, posso dizer, o Fluminense vai dar um salto de qualidade monstruoso – acrescentou Mário.
Durante a entrevista, Mário lembrou que pagou seis meses de salários a jogadores e funcionários (apenas CLT, com débito atual de dois meses e deixando direitos de imagem em aberto) e R$ 24 milhões em dívidas. Além disso, ainda destacou que os direitos de transmissão do Flu já haviam sido adiantados até 2024.