Bittencourt e Celso conversaram, mas vice geral está, temporariamente, fora do futebol (Foto: Mailson Santana - FFC)

O presidente Mário Bittencourt responderá pelo departamento de futebol do Fluminense até o fim do Campeonato Brasileiro. O próprio confirmou a novidade em entrevista coletiva nesta quinta-feira. Ele explicou as desavenças com o vice-geral Celso Barros e revelou que este está fora do futebol, pelo menos, até quando terminar a competição.

– Quando a gente optou pela saída do Fernando Diniz, o vice-geral me comunicou que queria tirar o treinador. Eu não concordava. Não era a minha intenção e nem a do diretor, mas era a do vice-presidente. Acabei, diante de uma grande conversa, me convencendo de que teria que fazer a mudança. Quando houve uma nova conversa e o vice-presidente se posicionou de tirar o treinador atual, disse que era contrário e não acataria essa decisão.  O vice-presidente atual tinha o posicionamento de tirar o Marcão, eu entendia que não era o momento porque uma mudança geraria um novo problema. Apesar de alguns resultados ruins a gente vinha numa melhora de desempenho e que os números mostravam que se continuássemos iremos sair dessa. E se programou uma conversa de dia seguinte para bater o martelo e estender essa decisão e vocês saberiam se fica ou se sai. E aí o vice-presidente, o Celso, buscou o caminho das redes sociais, expondo um debate interno, dando entrevistas no sentido de que ele queria tirar o treinador. Diante das postagens e de algumas repercussões em rede social eu optei, naquele momento, em afastá-lo do departamento de futebol. Tenho vários outros vice-presidentes no clube que trabalham alinhados comigo, e nem sempre concordamos, mas quando tomamos uma decisão dentro da sala, ela sai como institucional e a partir do momento que o vice-presidente vai às redes sociais e tenta atribuir ao presidente como se fosse uma decisão autoritária ou sem critério, me senti exposto. Eu assino todos os documentos, o patrimônio, que está escrito, é o meu. Por isso trabalho com foco e com convicção e diante daquilo, achei que a atitude de jogar para o lado de fora, geraria instabilidade no ambiente e o afastei das viagens – esclareceu Mário, que prosseguiu:

 
 
 

– Outras postagens aconteceram, outros comentários, pessoas ligadas ao grupo que o apoiou no passado e o apoia, me atacando pessoalmente com várias inverdades sobre a gestão e tudo isso faltando poucas rodadas para acabar o campeonato, onde a gente luta para ficar na primeira divisão. Disse a ele o que estou dizendo aqui, fez suas ponderações e o que eu combinei com ele ontem (quarta-feira) é que até o fim do ano o afastamento seguirá. Ele é vice-presidente geral eleito, é um direito legítimo e essas atribuições no futebol, a partir de hoje, assumo o futebol nessas últimas cinco rodadas e ele esperará até o fim do ano para ter uma nova conversa e vamos ver se ele segue conosco no futebol ou como vice-geral.