Foto: Lucas Merçon/FFC

Oi, pessoal.

O Fluminense é um time postado na defesa. Seu lema é marcar. Mas marcar no 1° terço do campo.

 
 
 

O adversário facilmente avança suas linhas e nos pressiona sem cansar porque 8, 9 jogadores nossos estão onde? Entre o goleiro e a intermediária.

Para piorar, não existe mais a marcação pressão no ataque: a melhor arma, já que as defesas são ruins tecnicamente.

Sem a bola, o time recua e como marca mal, não evita a buraqueira. Dois, três passes verticais bastam para qualquer adversário ficar cara a cara com nosso goleiro.

Com essa proposta de jogo, a escalação está errada. É tarde demais para jogar por uma bola! Olhem a tabela: precisamos vencer!

E mais: com essa proposta de jogo, o excesso de troca de passes absurdo na defesa, faz o Fluminense ser presa fácil.

Ganso e Nenê jogam fora de suas posições, não se tem o melhor deles.

Ganso nem lembra mais como é atuar na frente, ser o homem do último passe.

Aliás, vocês não sabem a revolta e decepção que me assaltam quando o vejo, por exemplo, deixando “Orinhos” bater falta próxima da área.

Só não são maiores que ver o Allan se comportar como um Beckenbauer mas sem vergonha de recuar 90% dos passes para os zagueiros! Quer jogar como um Ganso sem ter meio porcento da categoria e passe dele, quando tem que dar agilidade na transição. Coisa irritante!

João Pedro e Yony não jogam. O melhor finalizador do elenco recua e fica de costas para o gol. Seu talento é enterrado.

O atacante de velocidade (Yony), cuja explosão serviria para intimidar o lateral adversário, MARCA (mal, óbvio) o lateral adversário.

Quando o meio-campo recupera a bola, os atacantes estão ali na defesa, embolados.

É surreal ver um time que, tecnicamente, não é time para ser rebaixado, perder para si mesmo de forma constante.

Se a fragilidade defensiva existiu o ano todo, ao menos o goleiro adversário jogava, porque pressionávamos no ataque, agredíamos, criávamos chances de gol.

Emburacado na defesa, não melhora a marcação, perdemos volume de jogo, criação. O goleiro dos caras sai limpinho de campo e o nosso tem que fazer milagres – e ainda acham o máximo isso.

Perder para si mesmo: o complexo de vira-lata tatuado na pele dos jogadores que vestem essa camisa, de diretores cínicos que aceitam a minimização dessa camisa e em grande parte da torcida que desconhece e duvida da força dessa camisa.

Nem quero falar sobre FlaxFlu.

Nem quero lembrar que uma vitória que estava nas mãos sobre o Athletico me ajudaria a descansar.

Mas o complexo de vira-lata de quem está no meu clube não me deixa sequer ter paz. E nem exijo alegria, já que complexados não superam obstáculos.

Sábado, dia 26, às 19h:30, não será obstáculo e sim, OBRIGAÇÃO: vencer a Chapecoense é final de Libertadores. Pois é…

E não torrem mais meu juízo, seus vira-latas!

Toque rápido

– Marcão, meu amigo, vou te contar: tem que ter muita coragem tirar Daniel e João Pedro para pôr Orinho e Lucão.

Acaba, 2019! Acaba! Preciso descansar!

Foto: Lucas Merçon