Após as quedas de Fernando Diniz e Oswaldo de Oliveira, a diretoria do Fluminense apostou na efetivação de Marcão para o comando da equipe. O agora técnico chegou ao clube em 1999 para a disputa da Série C daquele ano. Treinador à época e responsável por sua indicação, Carlos Alberto Parreira aprova a escolha.
Na visão do ex-técnico campeão brasileiro pelo Flu em 1984 e também da própria Série C com Marcão na equipe, a efetivação está longe de ser uma aposta.
– A escolha foi muito boa. Torço para que dê certo. Marcão é um profissional maravilhoso. Nesse momento, tinha que ser ele. Não tinha que procurar outro. Por quê? Ele conhece o clube, conhece os jogadores, é muito bem aceito por eles, está lá há muito tempo como auxiliar técnico permanente, é ídolo, tem identificação com a torcida… – disse, complementando:
– Se trouxesse um treinador novo, que não tem nenhuma ligação, que não consegue entender o que é o Fluminense, as dificuldades, passa a temporada e você não sabe o que vai acontecer. Seria uma aposta. O Marcão não é uma aposta. Está ali dentro, já esteve em outras ocasiões. Um cara de fora, mesmo de nome até, demoraria um tempo até conhecer o clube, os jogadores, as necessidades. No meio da temporada é sempre complicado. Sempre mais fácil começar trabalhos no início do ano.
Parreira contou também como partiu a indicação para a contratação de Marcão em 1999. O volante defendia o Bangu na ocasião.
– Foi um convite meu. Estávamos montando o time para disputar a Série C e tínhamos a missão de “salvar” o Fluminense. Na montagem do time, achamos que precisávamos de um volante. Vi o Marcão jogando no Bangu e liguei para o empresário dele. Ele veio e o resto é história – recorda.