O nome do centro de treinamento do Fluminense, oficialmente, é Carlos Castilho, em homenagem a um dos maiores ídolos da história do clube. O presidente Mário Bittencourt falou mais sobre o tema. Reiterou que não teve ingerência sobre o nome e ressaltou que as pessoas que pediram pela troca do nome fizeram parte do conselho onde Pedro Antonio, ex-vice de projetos especiais, fazia parte.

De acordo com o mandatário, não houve votação para a escolha do nome do CT como Pedro Antonio Ribeiro da Silva e como não passou pelo Conselho Deliberativo, o centro de treinamento do Flu não estava nominado oficialmente:

 
 
 

– Segundo informações de quem estava no conselho da época e de algumas que estão no conselho, ainda da gestão anterior, é que não houve votação naquela época. Houve uma reunião extraordinária aqui no centro de treinamento. Foi colocado um ônibus à disposição dos conselheiros, oferecido um café da manhã e não foi colocado como item de pauta. Quando chegaram aqui se comunicou monocraticamente que o CT se chamaria Pedro Antonio Ribeiro da Silva. Eu fui pego de surpresa na reunião do conselho, já que esse assunto entrou na pauta. Não é o nosso conselho, eu estava sentado na mesa e foi dito que não estavam trocando o nome do CT, porque, oficialmente, nunca existiu e que estavam propondo o nome do Castilho. E todas as pessoas levantaram a mão e concordaram. Já está valendo porque é uma decisão do conselho deliberativo, referendada. Para que as pessoas entendam, eu sou presidente do conselho diretor do Fluminense. O conselho deliberativo é um poder independente do clube. Eu fui convocado a fazer a apresentação dos 100 dias de gestão, não fui eu que disse. Tanto é que o conselho tem o poder de votar as contas, pedir o impeachment. O mais curioso é que as pessoas que pediram o nome Carlos Castilho foram aquelas que integravam o conselho deliberativo do qual o próprio Pedro Antonio fazia parte. Não foi um movimento da gestão Mário Bittencourt ou dos conselheiros do Mário Bittencourt. Quem fez a requisição foi um conselho que votou contra mim.

Na opinião de Mário, o torcedor deveria decidir sobre o nome do centro de treinamento:

– Minha posição é que eu acho que isso deveria ter sido debatido mais amplamente. Deveria, talvez, colocado para a torcida decidir. Acho que seria algo mais justo entregar na mão do torcedor o que ele acha. Se eu tivesse que tomar uma decisão, que não é um assunto para nos preocupar, temos outras coisas mais importantes nesse momento, diria que eu tomaria outro caminho. Mas não tive nenhuma ingerência sobre o que aconteceu.