Teixeira e Abad são amigos pessoais

No dia 22 de maio deste ano, o Fluminense comunicou o desligamento oficial do ex-diretor das categorias de base do clube, Marcelo Teixeira. Homem de confiança do ex-presidente, Pedro Abad e sabendo que dificilmente seguiria no cargo com a proximidade das eleições antecipadas, ele já havia manifestado sua vontade em sair. Cinco meses depois, após um período na Europa, o ex-dirigente se dedica a escrever um livro sobre revelação de atletas, mas sem data prevista para o lançamento, conforme apuração do NETFLU.

Durante o período em que esteve no Velho Mundo, Marcelo Teixeira prestou consultoria para o Genk, da Bélgica, e para o Legia Varsóvia, da Polônia. Em ambos, trabalhou com metodologia das categorias de base. Além disso, passou um curto período no futebol francês, em que preparou a equipe de scout de um pequeno clube daquele país. Agora, está no Rio de Janeiro, se dedicando à sua obra.

 
 
 

Desde 2011 ininterruptamente nas Laranjeiras, o dirigente havia ganhado status de intocável, sobretudo por conta de sua ligação com Peter Siemsen e Pedro Abad, além de ter feito parte do início da Flusócio, grupo que comandou o clube nos últimos três mandatos. Idealizador do projeto Flu Europa, que tornou o STK Samorin, da Eslováquia, numa filial do Tricolor, ele foi o homem escolhido por Abad para liderar a reformulação do departamento de futebol em 2017.

Junto com o, então, presidente, portanto, Teixeira foi um dos cabeças do comitê gestor, ao lado do técnico do Flu, Abel Braga, do vice de futebol, Fernando Veiga, e do gerente de futebol, também daquela época, Alexandre Torres.

Marcelo Teixeira passou a receber muitas críticas, porém, com o declínio do Flu Samorin. No início do ano, ele disse que “quem falhou foi o Fluminense” com a filial europeia, que será encerrada no meio desta temporada. 

Antes disso, porém, o diretor esportivo da base já poderia ter caído. No ano passado, sem a anuência do presidente tricolor, ele liberou uma negociação do Sport com o São Paulo, envolvendo o meia-atacante Diego Souza. Nesse caso específico, entende-se que o Fluminense tomou um prejuízo de R$ 4 milhões, a partir do momento em que o clube tinha 50% dos direitos, mas aceitou receber apenas R$ 1 milhão, numa transação que girou em torno dos R$ 10 milhões. O NETFLU divulgou o e-mail de Teixeira na época, que autorizava a negociação.