Campeão brasileiro com o Fluminense em 2010, Muricy Ramalho dissertou sobre o esquema do time comandado por Oswaldo de Oliveira. Na opinião do agora comentarista do Sportv, Paulo Henrique Ganso, com quem trabalhou em 2011 no Santos, vem sendo sacrificado e explicou de que maneira faria o camisa 10 render pelo Tricolor: com liberdade para criar.
– É assim que ele pode jogar, com proteção, e deixar ele livre para fazer o último passe. Se você quiser tirar alguma coisa dele agora. Eu já fazia isso lá atrás no Santos. Eu colocava proteção para ele jogar. Ele precisa ficar mais livre ainda. E outra coisa que tem que insistir com ele: o Ganso tem o pensamento que para ele o gol é um passe. Sempre insisti com ele: “Ganso, você tem que entrar na área. O número 10 tem que fazer gol”. Não vai transformar ele num grande marcador que ele não vai ser. Aí você perde um grande meia e não arruma um marcador – disse Muricy, que continuou na argumentação:
– O Oswaldo tem de saber que vai estourar nele se não fizer um time competitivo. Não adianta. Senão vai morrer abraçado. Tem que respeitar as características de jogadores. Nenê e Ganso para jogar juntos, para mim, tem de atuar com dois volantes atrás deles. No Santos, sempre armava o time para deixar o Ganso livre. O Ganso é o diferente, que faz uma assistência, enxerga coisas que ninguém enxerga. Ele estava melhor fisicamente, mas sem a bola ele não pode sofrer, cara. Não pode marcar. Para jogar os dois juntos tem de mudar o sistema. Aí volta aquilo de antigamente com o 4-2-2-2. Eles (Nenê e Ganso) sabem que vão ter dois caras marcadores. Com certeza, com a experiência que o Oswaldo tem ele vai fazer isso.