A torcida comprou o barulho, lotou o Maracanã com mais de 57 mil presentes e o Fluminense lutou muito em campo. Porém, a tão sonhada classificação para a semifinal da Copa Sul-Americana não veio. Num jogo equilibrado, o Tricolor ficou empatado em 1 a 1 com o Corinthians e foi eliminado pelo critério do gol fora de casa (na ida foi 0 a 0). Os paulistas saíram na frente com Pedrinho. Pablo Dyego deixou tudo igual.

O jogo demorou um pouco para deslanchar, mas, quando andou, reservou boas emoções a quem acompanhava. O Fluminense explorava, principalmente, as jogadas pelo lado esquerdo. Caio Henrique aparecia muito, assim como Nenê, que flutuava no ataque. E foi justamente o meia quem quase abriu o marcador ao chutar com muita força para excelente defesa de Cássio numa cobrança rápida de falta.

 
 
 

Já o Corinthians ficava mais fechado e aguardava chances para espetar no contra-ataque. A velocidade de jogadores como Pedrinho, Mateus Vital e Clayson era uma arma perigosa. Numa enfiada por cima da zaga, Vagner Love obrigou Muriel a fazer brilhante intervenção espalmando bola no travessão em finalização à queima-roupa. O goleiro tricolor ainda salvaria depois de sair jogando mal e dar no pé de Mateus. O meia paulista avançou e chutou para mais uma boa defesa.

No Flu, Ganso aparecia mais recuado que em outras partidas. O craque marcou muito e se sobressaiu – quem diria? – nas roubadas de bola. Tentou distribuir também quando podia avançar e fazia com grande categoria. Faltava à equipe, no entanto, um pouco mais de chegada à área. Exceto num lance que Marcos Paulo entrou driblando e chutou por cima, isso praticamente não aconteceu.

A situação tricolor se complicou no começo do segundo tempo. O Corinthians, dentro da sua costumeira postura, conseguiu aproveitar o contra-ataque para abrir o marcador. Clayson recebeu na frente, chutou e Pedrinho aproveitou para escorar após a bola desviar em Igor Julião e se oferecer para ele.

Em desvantagem, Oswaldo de Oliveira mandou a campo Wellington Nem e João Pedro nos lugares de Marcos Paulo e Daniel, respectivamente. O Flu, mais na base da vontade que qualquer outra coisa, ensaiou uma reação. O Corinthians esfriava a partida como podia e saía para o jogo quando o Tricolor dava o espaço. Outra vez no contragolpe, quase mataram de vez com Vagner Love parando em mais uma boa defesa de Muriel.

Já no desespero, Oswaldo sacou Ganso para a entrada de Pablo Dyego. O atacante, de cabeça, empatou escorando cobrança de falta de Nenê. A arbitragem ainda demorou um século para validar o lance esperando revisão de um possível impedimento no VAR. O gol incendiou o jogo e a torcida. Os minutos finais foram de pura emoção. Virou ataque contra defesa. Os jogadores do Corinthians faziam uma cera danada cada vez que havia um contato.

No fim, não deu para conseguir a virada. Fica de positivo a luta de uma equipe que nunca se entregou. Agora, porém, a realidade que bate à porta é voltar as atenções para o Campeonato Brasileiro, no qual a briga é para sair da incômoda zona de rebaixamento.

O Fluminense jogou com: Muriel, Igor Julião, Nino, Digão e Caio Henrique; Allan, Daniel (João Pedro, 15 do 2ºT) e Ganso (Pablo Dyego, 32 do 2ºT); Marcos Paulo (Wellington Nem, 10 do 2ºT), Yony González e Nenê.