Jogador com passagem pelo Fluminense no início da década de 1990, em tempos de contratações modestas, Carlinhos Itaberá não era dos mais queridos pela torcida tricolor. Seu nome, inclusive, era gritado nas arquibancadas quando o time ia mal em forma de protesto. Ex-lateral-direito, ele também atuou no CSA, adversário de domingo, onde teve fase artilheira. O ex-jogador afirma que gosta dos dois clubes e vai torcer por uma grande partida.
– Será um grande jogo. Torço pelos dois, tenho um carinho por cada um deles. E que vença o melhor – disse.
Itaberá tem, inclusive, uma explicação para o grito das arquibancadas de Laranjeiras com seu nome. De acordo com ele, não era só por protesto.
– O grito mesmo foi nas Laranjeiras. Foi no jogo contra o Atlético-MG, a gente tava ganhando de 1 a 0. Foi um cruzamento meu, e o Renato fez 1 a 0. Aos 37 minutos, houve um escanteio para o Atlético, e o Paulo Roberto cabeceou: a bola ia entrando na gaveta e tirei com a mão. Daí foi o pênalti, eu fui expulso. O Paulo Roberto bateu, o Jefferson defendeu, ganhamos de 1 a 0. Daí a torcida começou a gritar I-ta-be-rá – contou Carlinhos.
No Fluminense, Itaberá quase conquistou o título da Copa do Brasil de 1992, mas a equipe foi prejudicada pela arbitragem no jogo de volta contra o Inter, no Beira-Rio, e o troféu escapou.
– Era para ter conquistado aquele título. Ficaria marcado. Infelizmente, fomos roubados – reclamou Carlinhos, que estava no banco e entrou durante a final no Beira-Rio, no lugar de Sandro.
Já pelo CSA, Carlinhos Itaberá foi bem. Passou até por uma fase de artilheiro.
– Fui muito bem recebido e tive uma passagem muito boa pelo CSA. Marquei 15 gols pelo CSA, ganhamos turnos, mas perdemos a final para o CRB, em 1993. O treinador era o Brida. Eu e o Ivan fizemos o Catanha artilheiro em Alagoas. Até hoje não entendo como não fomos campeões. O time era muito bom, ganhamos tudo e perdemos o título para o CRB – lembrou Itaberá.