(Foto: Mailson Santana - FFC)

Maior estádio do Brasil e um dos mais conhecidos do planeta, o Maracanã está sob as batutas de Flamengo e Fluminense atualmente. Segundo informações do jornal “O Globo”, a função de CEO da empresa Fla-Flu, que gere o estádio, ficará com o gerente de Operações de Estádios do Flamengo, Severiano Braga, que se desligará do cargo do clube rubro-negro.

A publicação ressalta ainda que será criada uma sociedade anônima (S.A) foi aprovada pelo Conselho Deliberativo do Flamengo, na última quarta-feira, e agora será registrada na junta comercial do Estado.

Missão da empresa Fla-Flu

 
 
 

A empresa vai administrar o fluxo financeiro com o recebimento de aluguéis para uso do Maracanã ao longo do contrato de permissão, além de shows e eventos. Ela também vai se responsabilizar pelas contas do estádio, como luz e água.

Cobrança e impedimento

Se um dos clubes não pagar os valores estabelecidos, não poderá jogar no Maracanã até quitar os débitos. Segundo o jornal “O Globo”, o Flamengo vai cobrar cumprimento do Fluminense. Vale lembrar que o Tricolor não apresentou certidões negativas de débito. Sendo assim, o clube da Gávea como único permissionário no contrato.

Participações de funcionários de dois clubes

Além do CEO, outros funcionários serão cedidos para a estrutura administrativa da empresa. Do lado do Fluminense, o diretor de marketing Lawrence Magrath também se desligou para compor a diretoria da empresa. A terceira diretora é Maria Cristina, trazida pelo Flamengo já para ser integrada à S.A.

A diretoria será responsável pela contratação de prestadores de serviço e a eventual troca de fornecedores, como segurança, alimentação, limpeza, etc. Um conselho de administração com três membros de cada clube vai fiscalizar o conselho diretor da empresa.

Contratos sem aprovação dos conselhos dos clubes

Com a empresa Fla-Flu, os contratos do Maracanã não precisarão ser aprovados pelos conselhos dos clubes. Flamengo e Fluminense compartilham igualmente o pagamento dos custos e recebem de forma separada pelas bilheterias e bares, mas dividem as demais receitas.

Aluguel de R$ 90 mil

O valor do aluguel mínimo cobrado será de R$ 90 mil por jogo. A meta é reduzir ainda mais os custos de operação e manutenção do estádio. Na época da gestão do consórcio ligado à Odebrecht, esse custo de manutenção do Maracanã estava estimado em R$ 28 milhões.

Renovação

A permissão atual, que vencerá no final de outubro deste ano, é renovável por mais 180 dias. Flamengo e Fluminense esperam concorrer para a parceria público privada que promete licitar o uso do estádio por um período de 35 anos. Isso seria feito a partir da empresa criada já de olho na administração do patrimônio no futuro.

Criação de grupo

Um grupo de trabalho entre os clubes foi montado desde a assinatura do contrato de permissão para entender como funciona o Maracanã, e uma consulta jurídica foi elaborada para avaliar como seria a montagem da empresa, para que os clubes possam gerir o estádio.