Demitido pouco antes da última rodada do Brasileirão de 2018, após sequência de oito partidas sem vitórias, o técnico Marcelo Oliveira ficou de receber sua rescisão em parcelas diluídas pela gestão Pedro Abad. Tudo vinha ocorrendo como combinado até que, em abril deste ano, os depósitos pararam de cair na conta. O treinador consultou seu advogado sobre entrar com um processo e pedir o que tinha direito a receber, mas numa ação rápida encabeçada pelo presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, uma nova briga judicial fora evitada.
Em entrevista exclusiva concedida ao NETFLU, o advogado de Marcelo Oliveira, Fábio Cruz, explicou o imbróglio.
– Quando o Mário Bittencourt tomou posse agora eu conversei com Luiz Eduardo (advogado ligado ao presidente do Flu) e ele disse que retomariam os pagamentos. O Marcelo (Oliveira) tinha feito um acordo quando foi demitido, mas tinham parado de pagar. Assim, não precisaríamos entrar na Justiça. Agora, no início de julho, voltariam a pagar – afirmou.
A solução veio a partir do diálogo, inciado pelo próprio advogado do ex-comandante do Time de Guerreiros. Ele contou ainda ao site número um da torcida tricolor como foi feito o acordo verbal.
– Eu liguei para o Luiz Eduardo perguntando se ele teria interesse em fazer o pagamento sem necessidade de ação, ele acenou positivamente e entramos num acordo. O Luiz não faz parte do Fluminense, ele era sócio do escritório do Mário Bittencourt. Como eu o conhecia, entrei em contato com e ele falou com o Mário, que sinalizou com essa resposta. A expectativa está boa. O Marcelo não quer entrar na Justiça e eu também. Eles (o Fluminense) disseram que vão dar prioridade para esses casos que não têm ação judicial – concluiu.
Marcelo Oliveira chegou ao Fluminense na pausa para a Copa do Mundo de 2018, após a saída do técnico Abel Braga. Sob o comando dele, a equipe verde, branca e grená disputou 33 jogos, com 12 vitórias, oito empates e 13 derrotas. Nesse período, foram 26 gols à favor e 34 contra (aproveitamento de 44%).