Mãe de João Pedro, Flávia (à esquerda na foto) tinha bom emprego e casa própria em Ribeirão Preto (Foto: Arquivo pessoal)

Se hoje João Pedro é uma realidade no Fluminense e já tem sua venda acertada para o Watford, da Inglaterra, para onde irá, pelo menos a princípio, no ano que vem, o caminho até aqui não foi nada fácil. Sua mãe, Flávia Junqueira, teve de fazer grandes sacrifícios pela carreira do filho. Ela deixou uma vida confortável em Ribeirão Preto para ajudar o garoto em busca de seu sonho.

– A gente tinha uma vida em Ribeirão Preto. Era uma família de classe média, ele estudava em escola particular, nós tínhamos carro novo, morávamos em um condomínio bom. Em Xerém nós passamos um período muito difícil, que foi até um pouco traumático para ele, ainda uma criança. Foi muito difícil para ele. De uma vida boa, nós fomos para um período de dificuldade, mas isso também ajudou para que ele amadurecesse. Ele sempre diz que joga pensando em mim e na avó. Ele sabe das coisas que abrimos mão por ele. É isso que dá força para o João Pedro lutar – recorda.

 
 
 

Flávia tinha um bom emprego em Ribeirão Preto. Formada em administração e cursando pós-graduação, trabalhava como representante comercial. No Rio também conseguiu trabalho e contava com o dinheiro da casa alugada. A situação, porém, virou.

– Eu consegui trabalho no Rio, mas não deu muito certo porque eu tinha que ficar viajando e o João Pedro era muito franzino, muito novo e precisava de cuidados. Nesse período, os dois inquilinos saíram e eu fiquei com as casas desalugadas e aí minha mãe que começou a me ajudar. A gente tinha dívidas por conta da casa, tinha que comer e viver. Começamos a ficar apertados, foi um caos – recordou.

Separada, ela precisava se virar sozinha com João. O empresário dele à época não quis ajudar quando ela relatou a situação. Mas o Fluminense ajudou a dupla.

– Eu entrei em pânico e liguei para o empresário dele na época, que não quis me ajudar. Foi até cruel comigo e nunca mais falei com ele. Me ofendeu e me falou para arrumar um marido. Nem pedi nada demais, apenas R$ 500. Hoje o João Pedro tem um outro empresário, que é o Frederico Moraes – encerrou.