Sem chance de votar. O Fluminense oficializou a antecipação das eleições para 8 de junho há mais de um mês, através da publicação do edital. Apesar do curto período, já havia um processo contra o clube. O sócio e analista judiciário, Igor Valois, 38 anos, residente de Brasília, protocolou uma petição na 36ª Vara Cívil, onde pedia que fosse garantido o seu direito de votar no pleito tricolor. Ele garantiu que o objetivo não era interromper o processo eleitoral. A liminar, porém, foi indeferida. Em seguida, ele tentou um recurso junto ao desembargador Marcos André Chut, mas não obteve êxito e desistiu de entrar com um novo recurso.
O desembargador considerou que Igor tinha mera expectativa de direito de votar enquanto não completados os dois anos como sócio-futebol e também entendeu que a “Teoria da Perda de uma Chance” não se aplicava no caso. Apesar de não concordar com a decisão, o analista judiciário se deu por vencido, uma vez que agravo interno é um recurso que é rejeitado na maioria dos casos. Além disso, provavelmente não daria tempo pra entrar na pauta da sessão da Câmara até semana que vem. Como não foi conseguida a liminar, a ação vai perder o objeto. Desta forma, o tricolor vai apresentar petição ao juiz desistindo da ação.
– Apesar da derrota, estou tranquilo. Não pedi para suspender nem anular a eleição. Pedi apenas para votar e não poderei por faltarem 18 dias para completar os 2 anos como sócio-futebol. Tive gastos com as custas da ação e ainda teria com as passagens aéreas para o Rio. Mas isso é o de menos. Fiz o que fiz porque tinha a consciência de que o meu voto seria importante para o Fluminense. Em 2016, a abstenção foi altíssima e talvez isto tenha sido um dos motivos para ser eleita uma chapa que se revelou desastrosa para o clube. Neste ano, espero que os tricolores que estiverem aptos compareçam em maior número. O Flu precisa dos nossos votos para mudar – concluiu Igor Valois, em entrevista ao NETFLU.