O Vasco entrará com mandado de segurança para tentar suspender a outorga do Maracanã ao Flamengo e Fluminense. De acordo com Ancelmo Gois, do Jornal O Globo, o clube alega que deveria ter sido dado a oportunidade para que outros participassem da disputa. Os advogados defendem que “houve tempo insuficiente”.
Na última quinta-feira, Luis Manoel Fernandes, ex-presidente do Conselho Deliberativo do Vasco e ex-secretário do Ministério dos Esportes entrou com uma ação popular com o objetivo de conquistar uma liminar que invalidasse o edital de chamamento público e a assinatura do contrato, que ocorreu na manhã desta sexta, no Palácio da Guanabara. A justiça determinou um prazo de 72 horas para o Governo do Estado se manifestar.
Segundo informações do Jornal O Globo, a ação popular foi um movimento arquitetado pelo Vasco. Há um acordo nos bastidores do clube de São Januário para que mais ações populares sejam impetradas. O próprio Vasco planeja entrar com uma ação – um mandado de garantia ou ação anulatória.
Fluminense e Flamengo assinaram nesta sexta-feira o acordo pela concessão da gestão do Maracanã pelos próximos seis meses – com a possibilidade de prorrogação por mais 180 dias. Em cerimônia realizada no Salão Nobre do Palácio da Guanabara, Rodolfo Landim, presidente do Rubro-Negro, e Pedro Abad, presidente do Tricolor, estiveram ao lado de Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro para oficializarem a parceria.
Pelo acordo, Flamengo e Fluminense vão arcar com os custos fixos do Maracanã, cerca de R$ 2 milhões por mês, além do pagamento mensal de R$ 166.666,67 ao Governo – valor que será repassado ao complexo Célio de Barros e Júlio Delamare. Os clubes também terão direito a explorar o Tour Maracanã diante do seguinte acordo: repasse de 10% do faturamento mensal ou um mínimo de R$ 64 mil.