O Fluminense se classificou para a quarta fase da Copa do Brasil na última quarta-feira e, além da classificação, embolsou R$ 1,9 milhão. Porém, os tricolores podem nem ver a cor do dinheiro. O valor é quase o mesmo penhorado pela Justiça do Rio na semana passada. No último dia 3, o clube sofreu um bloqueio de cerca de R$ 2 milhões em razão de um processo movido por mais um credor do caso Gerson.
O bloqueio foi concedido pela juíza Virginia Lucia Lima da Silva, da 30ª Vara Civel. A magistrada determinou a penhora de créditos junto a CBF e a TV Globo. A decisão atendeu a um pedido feito pelos advogados de Davi Macedo Filho, que cobra sua parte na venda do meia para a Roma, em 2015 (hoje ele defende a Fiorentina, também da Itália).
A dívida original era de R$ 1,4 milhão. Com os juros e correções, o valor chegou aos atuais R$ 2 milhões. O caso Gerson faz parte da série de dívidas deixadas pela gestão Peter Siemsen. O meia foi vendido por 16 milhões de euros (cerca de R$ 60 milhões na época) que seriam pagos em parcelas. O Tricolor tinha direito a 70% do valor. O restante era dividido entre outros investidores.
Entretanto, o Fluminense quis receber tudo de uma vez. Para isso, antecipou a quantia, no ano seguinte, através de empréstimo bancário. O pagamento da própria Roma (ITA) foi usado como garantia. O problema é que os demais interessados não receberam a sua parte. Neste ano, o clube assinou um contrato de repactuação da dívida, mas de acordo com o processo, ainda não pagou nenhuma das parcelas.