Reprodução do projeto original, divulgada por Pedro Antônio em 2017, quando o mesmo ainda era vice de projetos especiais

Obcecado por um estádio, visando criar fonte de receitas com bilheteria para o clube das Laranjeiras, Pedro Antônio retomou a pauta, desejando a construção de uma espécie de pequena arena para o Fluminense no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. Publicado em primeira mão pelo NETFLU no ano de 2017, o tema gerou muita polêmica, acarretando inclusive, na exoneração do, então, vice de projeto especiais por, supostamente, passar por cima das decisões do mandatário Pedro Abad. Embora a questão pareça “politiqueira”, o ex-dirigente tricolor garante que está disposto a ajudar qualquer presidente ou diretor que deixá-lo trabalhar em cima da ideia

– Eu queria fazer o estádio no passado e não deixaram, me mandaram embora. Poderiam reconhecer e voltar atrás. Deveriam ter humildade, se é que vai dar tempo. Poderiam me deixar fazer o estádio. Aquilo é o terreno (Parque Olímpico). Conversei com o prefeito Crivella na época e ele deu o “ok”. Falei com ele novamente há três meses e ele seguiu dando o “ok”, mas não depende só de mim – disse em entrevista exclusiva ao NETFLU.

 
 
 

As sucessivas obras no “Maior do Mundo” diminuíram a capacidade de público e, ao mesmo tempo, aumentaram os custos para a utilização do espaço, sobretudo em confrontos de pequeno porte. Nos últimos três anos, o Fluminense não conseguiu fechar no azul em jogos realizados no Maracanã, dando, inclusive, calote na empresa que administrava o estádio até a semana passada. Por conta deste contexto, Pedro Antônio vê cada vez mais urgente a necessidade do clube tirar a ideia de estádio do papel.

– Quero alguém que me deixe fazer o estádio, tentar fazer, porque depende de terceiros. O projeto de estádio é viável por si só, caso fosse dado prosseguimento. E não precisa do dinheiro do Pedro Antônio emprestado. O estádio tem que ser um projeto à parte do dinheiro utilizado para pagar as contas do clube. Aí vai a público para vender cadeiras, naming rights, buscar negociação de bebidas e alimentos a longo prazo e com esse dinheiro dá pra bancar o estádio, porque ele é um gerador de receitas diretas – ressaltou Pedro Antônio.

De acordo com o projeto, a capacidade, a depender do posicionamento do estádio, variaria de 18 a 22 mil lugares. O custo não passaria dos R$ 100 milhões, sendo diminuído com o uso do material do Estádio Aquático – não da Arena do Futuro, que, pela ideia inicial da prefeitura, seria desmontada para a construção de quatro escolas. A ideia é erguer com ajuda de patrocinadores e ter um estádio para jogos com apelo de público menor e que impulsione o plano de sócios. Questionado se haveria algum dedo de Jackson Vasconcelos, Peter Siemsen ou Pedro Abad na ideia, em troca de coalizão ou apoio político, Pedro Antônio ironizou:

– Eu não sei porque continuam insistindo nesse assunto de me juntar com Peter, Abad… Não tem o menor fundamento! É muita imaginação. Apoiar alguém nessas eleições não está no meu repertório. Tenho absoluta certeza que não vou apoiar ninguém. Fazer campanha? Como diria o ditado, gato escaldado tem medo de água fria (risos). Ainda está para aparecer um candidato que eu diga que vou apoiar. Eu quero apoiar o Fluminense, assim como a torcida. Fora isso, nada me interessa. Eu converso com todo mundo, hoje mesmo eu estava conversando com a minha sogra (risos) – encerrou.

Segundo informações oficiais, o Parque Olímpico da Barra fica em um terreno de 1,18 milhão de metros quadrados onde foram disputadas 16 modalidades olímpicas. O desenvolvimento do esporte é tido como fundamental para que a região não siga como um gigantesco e bilionário elefante branco.

Mais imagens do estádio no Parque Olímpico: